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EI reivindica ataque contra guarda presidencial na Tunísia

As autoridades tunisianas decretaram estado de emergência depois de um atentado contra a guarda presidencial, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI), nesta quarta-feira. "O autor do ataque é um tunisiano identificado como Abu Abdullah al-Tunissi", que, munido de explosivos, entrou no ônibus e detonou a carga que levava, segundo o texto do EI postado em […]


	Ônibus que sofreu ataque na Tunísia: Ainda não foi identificado o 13º cadáver, que, segundo as autoridades, poderia se tratar do corpo de um "terrorista"
 (Zoubeir Souissi/REUTERS)

Ônibus que sofreu ataque na Tunísia: Ainda não foi identificado o 13º cadáver, que, segundo as autoridades, poderia se tratar do corpo de um "terrorista" (Zoubeir Souissi/REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2015 às 15h56.

As autoridades tunisianas decretaram estado de emergência depois de um atentado contra a guarda presidencial, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI), nesta quarta-feira.

"O autor do ataque é um tunisiano identificado como Abu Abdullah al-Tunissi", que, munido de explosivos, entrou no ônibus e detonou a carga que levava, segundo o texto do EI postado em sites jihadistas.

O grupo afirma que 20 pessoas morreram durante a ação, mas, de acordo com o balanço oficial, 12 agentes da guarda presidencial foram vitimados no ataque.

Ainda não foi identificado o 13º cadáver, que, segundo as autoridades, poderia se tratar do corpo de um "terrorista".

O atentado contra o ônibus da guarda presidencial em pleno coração de Tunes foi cometido com dez quilos de explosivo, escondidos em uma mochila ou um cinturão, anunciou, nesta quarta-feira, o ministério do Interior, que não especifica se teria sido realizado por um homem-bomba.

O grupo Estado Islâmico também reivindicou, este ano, dois atentados que causaram 60 mortes, incluindo 59 turistas estrangeiros, na cidade de Sousse em junho e no Museu do Bardo, na capital, em março.

Diante deste novo golpe, a imprensa pediu, nesta quarta-feira, pela união nacional e resistência, assim como por "uma nova filosofia" e pela adoção de "medidas especiais" contra o terrorismo.

O Conselho de Segurança Nacional, presidido pelo chefe de Estado Béji Caid Essebsi, iniciou uma reunião com o intuito de "adotar as decisões necessárias para lidar com esta situação".

Em um breve discurso, Essebsi anunciou, na noite de terça-feira, o restabelecimento do estado de emergência, decretado pela última vez há menos de dois meses, assim como um toque de recolher para o aglomerado de Tunes desde as 21h00 até 05h00 da manhã.

Grave, muito grave

O atentado foi produzido às 17h00 em pleno coração da capital, próximo à avenida Mohamed-V, um ponto muito frequentado perto do ministério do Interior.

No Bardo e em Sousse "o objetivo era perturbar o processo democrático de Tunes, (...) e o setor de turismo", comentou, nesta quarta-feira, o primeiro-ministro Habid Essid. Este de terça-feira "é de outro tipo" uma vez que "ataca os símbolos do Estado. (...) É grave, muito grave", acrescentou.

"Como de costume, entramos no ônibus para ir ao trabalho. No momento em que o motorista ia partir, aconteceu a explosão", relatou à radio nacional um dos guardas feridos.

Na manhã desta quarta-feira, o tráfico foi retomado na avenida, mas o lugar do atentado continuou isolado e os especialistas ainda trabalhavam ao redor do ônibus, segundo constatou a AFP.

Por trás das barricadas, onde foram depositados ramos de flores, dezenas de cidadãos, segurando bandeiras tunisianas, manifestavam seu apoio às forças de segurança.

Tunes enfrenta desde sua revolução, que provocou a queda do regime de Zine el Abidine Ben Ali em janeiro de 2011, o fortalecimento da influência jihadista, responsável pela morte de dezenas de policiais e militares.

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