EI: o pó produzido pelo EI estava "mais destinado a irritar a pele, como se fosse uma insolação (...), que a ser mortal" (foto/Reuters)
AFP
Publicado em 7 de fevereiro de 2017 às 21h26.
O Pentágono confirmou nesta terça-feira que o grupo extremista Estado Islâmico (EI) produziu gás mostarda nos laboratórios da Universidade iraquiana de Mossul, segundo resultados de amostras coletadas no local.
Com esta substância, que pouco tem a ver com o letal gás mostarda usado na Primeira Guerra Mundial, os extremistas islâmicos criaram em seguida armas rudimentares, informou o porta-voz do Pentágono, Jeff Davis.
O pó produzido pelo EI estava "mais destinado a irritar a pele, como se fosse uma insolação (...), que a ser mortal", explicou. "Não temos nenhum indício de que realmente matasse alguém".
A moderna Universidade de Mossul era um dos centros mais renomados do Iraque até que a cidade foi tomada pelos extremistas em 2014.
As forças de segurança iraquianas retomaram a universidade no mês passado, após recuperar o controle da zona leste de Mossul, após três meses de combates.
Mas antes da ofensiva, o EI moveu suas instalações de produção, disse Davis.
"Acreditamos que deslocaram a maioria e que certamente (agora) estão em funcionamento" em outro lugar, ressaltou.
As forças iraquianas enfrentam "células adormecidas" do EI ou extremistas em esconderijos subterrâneos, contou o porta-voz do Pentágono.
A organização islamita também realiza bombardeios contra uma das parres da cidade, usando principalmente pequenos drones. "Isto ocorre uma vez por dia em média", explicou Davis.