Militantes do Estado Islâmico em Raqqa, na Síria: dos 3.591 mortos pelo grupo, 1.945 são civis (Reuters)
Da Redação
Publicado em 29 de novembro de 2015 às 10h25.
Cairo - O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) assassinou 3.591 pessoas nas áreas que controla na Síria desde que proclamou um califado no final de junho de 2014, informou neste domingo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Desse número, 1.945 são civis, entre eles 77 crianças e 103 mulheres, que foram baleados, decapitados, degolados, apedrejados, jogados de edifícios altos ou queimados.
A organização jihadista realizou esses assassinatos nas províncias de Deir ez Zor (leste), Al Raqqa (nordeste), Al Hasaka (nordeste), Aleppo (norte), Homs (centro) e Hama (centro).
Entre os civis figuram mais 930 membros do clã árabe sunita Al Shuitat, que foram assassinados no leste de Deir ez Zor; 223 civis curdos do enclave de Kobani, no norte de Aleppo; e 46 muçulmanos ismaelitas e alauitas (dois ramos do xiismo), da aldeia de Al Mabuya.
Também morreram nas mãos dos jihadistas 247 rebeldes de distintas brigadas, milicianos curdos e membros do grupo jihadista rival Frente al Nusra (a filial da Al Qaeda na Síria).
O grupo terrorista também executou 415 de seus próprios combatentes por espionagem e colaboração com a coalizão internacional ou por tentar fugir.
Por outro lado, o EI matou 975 oficiais e soldados do regime sírio, incluindo milicianos leais, após serem capturados em combates ou postos de controle.
O número inclui dois militares que fugiram do exército sírio, que não pertenciam a nenhuma facção insurgente e que foram considerados culpados de apostasia, razão pela qual seus corpos foram amarrados a postes na praça de uma aldeia de Deir ez Zor.
Por último, o EI assassinou sete pessoas, entre eles um menor, por colaborar com o regime sírio, pertencer às forças de Damasco e lutar contra o califado.
O EI proclamou no final de junho de 2014 um califado na Síria e no Iraque, onde conquistou partes do norte e do centro desses países.