EI: entre os assassinatos coletivos cometidos pelo grupo, figura o massacre de mais de 930 membros do clã árabe sunita de Al Shuitat no leste de Deir ez Zor (Reuters)
Da Redação
Publicado em 29 de agosto de 2016 às 12h26.
Cairo - O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) executou 4.401 pessoas na Síria, entre elas 2.369 civis, desde a proclamação de seu califado em 29 de junho de 2014, informou nesta segunda-feira o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
Segundo a apuração desta ONG baseada no Reino Unido, que conta com voluntários no terreno, dos 2.369 civis, 85 são menores de idade e 130 são mulheres.
As vítimas foram assassinadas de diversas formas - fuziladas, decapitadas, apedrejadas, jogadas do alto de edifícios e queimadas - nas áreas que o EI controla nas províncias sírias de Damasco e periferia, Deir ez Zor (leste), Al Raqqa e Al Hasaka (nordeste), Aleppo (norte), Homs e Hama (centro).
Entre os assassinatos coletivos cometidos pelo grupo terrorista, figura o massacre de mais de 930 membros do clã árabe sunita de Al Shuitat no leste de Deir ez Zor e de 223 civis curdos nas cidades de Kobani e Beraj Botam, localizadas no norte de Aleppo.
Além disso, foram executadas 46 pessoas na aldeia de Al Mabuya, ao leste da cidade de Salmiya, com presença de minorias religiosas, e outras 85, entre eles dez crianças e oito mulheres, familiares de milicianos do regime sírio em Deir ez Zor.
Por outro lado, o EI matou 331 combatentes de facções rebeldes e islamitas, da antiga Frente al Nusra (braço da Al Qaeda na Síria) e milicianos curdos, após tê-los capturado em enfrentamentos e postos de controle.
O EI também acabou com a vida de 486 de seus próprios combatentes, acusados de espionagem para outros países, de colaborarem com a coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos e de tentarem fugir do califado.
Além disso, a organização terrorista executou 1.196 oficiais, soldados e milicianos pró-governo sírio, enquanto quatro desertores do Exército sírio que não pertenciam a nenhuma facção rebelde foram assassinados por apostasia e um ex-policial do regime "por não se arrepender".