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Estado Islâmico executa a tiros 52 jovens em escola no Iraque

Os jovens haviam mostrado seu "arrependimento" perante o EI, mas isto não evitou sua execução

Mossul: os jihadistas aumentaram nas últimas semanas o assassinato de civis e de ex-integrantes das forças de segurança (Thaier Al-Sudaini)

Mossul: os jihadistas aumentaram nas últimas semanas o assassinato de civis e de ex-integrantes das forças de segurança (Thaier Al-Sudaini)

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EFE

Publicado em 2 de novembro de 2016 às 11h00.

Erbil - O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) assassinou a tiros nesta quarta-feira 52 jovens em uma escola pública situada no leste de Mossul, no norte do Iraque, um dia depois que as tropas iraquianas entraram na cidade pela frente oriental.

Um dos dirigentes dos chamados 'Cavaleiros de Mossul', os grupos de moradores armados que resistem ao EI no interior da cidade, Mohammed al Musli, explicou à Agência Efe por telefone que as vítimas eram antigos efetivos das forças de segurança.

Os jovens, no entanto, haviam mostrado seu "arrependimento" perante o EI, mas isto não evitou sua execução, como ocorreu também em 27 de outubro com outros 50 ex-integrantes das forças de segurança.

O grupo extremista pediu hoje aos moradores dos bairros de Al Jadraa, Al Samah, Al Karama e Al Qudis, que comparecessem ao colégio Meca, situado no primeiro dos distritos, com seus pertences e documentos de identidade.

Segundo Musli, os jihadistas ameaçaram atacar as casas daqueles que não respondessem ao chamado, que foi feito através dos alto-falantes das mesquitas.

Assim, centenas de jovens se dirigiram à escola Meca de Al Jadraa, em cujo pátio foi realizada a execução extrajudicial.

As forças de segurança iraquianas, por sua vez, pediram aos moradores dos bairros do leste da cidade que permanecessem em seus lares e desconsiderassem a convocação do EI.

Encurralados pelo avanço da ofensiva militar contra Mossul, os jihadistas aumentaram nas últimas semanas o assassinato de civis e de ex-integrantes das forças de segurança.

No dia 26 de outubro, o Comitê de Direitos Humanos do parlamento iraquiano revelou que os radicais executaram um total de 232 civis na região de Hamam al Alil e na cidade Al Arich, ao sul de Mossul.

A campanha militar para expulsar o EI dos territórios que o grupo ainda ocupa na província de Ninawa foi lançada no último dia 17 pelas tropas iraquianas e pelos combatentes curdos "peshmerga", e à qual também se juntaram recentemente as milícias xiitas da Multidão Popular.

Ontem, as forças iraquianas entraram em Mossul pela frente oriental, e ocuparam o bairro periférico de Kukyeli, considerado a porta de entrada para a "capital" do EI no Iraque.

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