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"EI está encurralado, mas usa civis como escudo", dizem tropas sírias

Forças da Síria Democrática afirmou que a operação na província síria de Deir ez-Zor continuará até que o "último terrorista esteja morto"

Guerra na Síria: o Estado Islâmico tem atualmente o controle de uma pequena parte na Síria (Omar Sanadiki/Reuters)

Guerra na Síria: o Estado Islâmico tem atualmente o controle de uma pequena parte na Síria (Omar Sanadiki/Reuters)

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EFE

Publicado em 28 de janeiro de 2019 às 13h55.

Última atualização em 28 de janeiro de 2019 às 13h55.

Beirute - As Forças da Síria Democrática (FSD) afirmaram nesta segunda-feira que o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) está encurralado em uma área de seis quilômetros quadrados na província síria de Deir ez-Zor, onde utiliza milhares de civis como escudos humanos.

Mustafa Bali, diretor do departamento de Informação das FSD - uma aliança militar liderada pelas milícias curdas -, afirmou pelo Twitter que os extremistas utilizaram "milhares de civis como escudos humanos para deter o avanço" das milícias curdas.

O porta-voz contou que os jihadistas enviaram mensagens através de "contrabandistas" e civis exigindo um acordo com as milícias curdas que os permita "fugir da região" em troca de libertar civis".

"Todos os pedidos foram rechaçados pelas FSD. A operação continuará até que o último terrorista esteja morto. Pediram que proporcionássemos uma passagem segura" a Idlib (norte da Síria) ou a Turquia, disse o porta-voz.

As FSD lançaram em setembro do ano passado uma ofensiva final contra os últimos territórios controlados pelo Estado Islâmico no sudeste da Síria, com o apoio da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.

Nas últimas semanas, as FSD foram estreitando o sítio e tomando todas as cidades onde estavam os jihadistas, reduzidos agora a poucas áreas em Deir ez-Zor.

A campanha continuou apesar do anúncio da retirada das tropas dos Estados Unidos da Síria feito no dia 19 de dezembro pelo presidente do país, Donald Trump.

Essa decisão não foi bem recebida pelas FSD, que temem que essa retirada possa permitir o ressurgimento do grupo radical, além de facilitar uma ofensiva turca contra os territórios do norte do país controlados pelas suas milícias.

Ancara considera terroristas as Unidades de Proteção do Povo (YPG), pertencentes às FSD, pelo vínculo com o proscrito Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

No dia 11 de janeiro, a aliança internacional liderada pelos EUA confirmou o começo da retirada das tropas do norte do país, onde havia cerca de dois mil soldados americanos.

O EI ocupou amplos territórios na Síria e no Iraque em 2014 e proclamou um "califado" nessas áreas, das quais atualmente só conserva uma pequena parte na Síria, após ser expulso do Iraque no final de 2017.

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