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EI é suspeito por ataque que matou 41 pessoas em Istambul

A Turquia apontou o dedo para o Estado Islâmico pelo ataque de três homens-bomba armados que matou 41 pessoas no principal aeroporto de Istambul


	Recep Tayyp Erdogan, presidente turco: agressores atacaram o movimentado aeroporto, um símbolo da posição de Istambul como a cidade mais aberta e cosmopolita do mundo muçulmano
 (Ilmars Znotins/AFP)

Recep Tayyp Erdogan, presidente turco: agressores atacaram o movimentado aeroporto, um símbolo da posição de Istambul como a cidade mais aberta e cosmopolita do mundo muçulmano (Ilmars Znotins/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2016 às 21h20.

Istambul - A Turquia apontou o dedo para o Estado Islâmico nesta quarta-feira pelo ataque de três homens-bomba armados que matou 41 pessoas no principal aeroporto de Istambul, e o presidente Tayyip Erdogan classificou a ação como um momento de virada na luta global contra o terrorismo.

Na ação com mais mortes de uma série de atentados suicidas a bomba neste ano na Turquia, os agressores atacaram o movimentado aeroporto, um símbolo da posição de Istambul como a cidade mais aberta e cosmopolita do mundo muçulmano, um cruzamento entre a Europa e a Ásia.

Os três homens-bomba abriram fogo para criar pânico do lado de fora do aeroporto na noite de terça-feira, e então dois deles conseguiram entrar e se explodir. Segundo autoridades, 239 pessoas ficaram feridas.

O primeiro-ministro Binali Yildirim afirmou que os responsáveis atiraram a esmo para passar pelas checagens de segurança do terminal internacional do aeroporto de Ataturk. Um deles se explodiu no saguão de partidas. O segundo, no de chegadas, e o terceiro, do lado de fora.

“As nossas considerações sobre os responsáveis pelo ataque se inclinam para o Estado Islâmico”, afirmou o premiê à imprensa na capital Ancara, acrescentando que as investigações deveriam ser finalizadas nos próximos dias, e as identidades dos homens-bomba, reveladas.

John Brennan, chefe da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos, também disse que o ataque tinha a marca da “perversidade” do Estado Islâmico.

A Turquia é parte da coalizão militar liderada pelos EUA contra o Estado Islâmico e abriga cerca de três milhões de refugiados da guerra civil de cinco anos na vizinha Síria.

O Estado Islâmico estabeleceu o que chama de um califado em terras sírias e iraquianas e declarou guerra contra todos os que não são muçulmanos e todos os muçulmanos que não aceitam a sua visão radical do Islã.

O grupo assumiu a responsabilidade por ataques similares na Bélgica e na França.

Erdogan, cujo governo tomou medidas nesta semana para melhorar as relações com Israel e com a Rússia em parte para fortalecer a sua posição na luta contra os militantes, declarou que o ataque deveria ser um momento de virada na batalha global contra o terrorismo, que, segundo ele, “não respeita fé ou valores”. O presidente dos EUA, Barack Obama, e o da Rússia, Vladimir Putin, condenaram o ataque em telefonemas para Erdogan, disse o seu gabinete.

Numa reunião da América do Norte em Ottawa, no Canadá, Obama disse que os EUA ofereceram toda a ajuda disponível para a Turquia e prometeu trabalhar com Ancara para lutar contra o terrorismo.

"Ainda estamos tomando conhecimento de todos os fatos, mas sabemos que isso é parte da nossa ampla e compartilhada luta contra redes terroristas”, afirmou ele à imprensa.

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