Estado Islâmico: vídeo ameaça atentados "se persistirem os bombardeios contra os irmãos muçulmanos" (ISIL/AFP)
Da Redação
Publicado em 16 de novembro de 2015 às 10h51.
Cairo - O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) ameaçou nesta segunda-feira realizar mais atentados, similares aos ocorridos em Paris na sexta-feira passada, em outros países que fazem parte da coalizão que bombardeia as posições da formação na Síria e no Iraque.
Em vídeo divulgado na internet pelo braço do EI na região iraquiana de Kirkuk, e cuja autenticidade não pôde ser verificada, o grupo jihadista detalhou que atacará Estados Unidos, Austrália, Canadá e Bélgica, entre outros, "se persistirem os bombardeios contra os irmãos muçulmanos".
"Digo aos países da coalizão (liderada pelos Estados Unidos) que não viverão seguros até que os muçulmanos vivam seguros em seus países", disse um combatente do EI na gravação.
Sob o título "Até que chegou o castigo", o vídeo começa com imagens dos veículos de comunicação sobre os atentados de Paris, para logo em seguida falarem vários jovens jihadistas com os rostos à mostra, mas sem se identificarem.
Um dos jihadistas instou que os "fiéis sigam o exemplo de seus irmãos (franceses) e ataquem os infiéis em seus próprios lares (países)".
"Dizemos, especialmente à França, que não viverão seguros enquanto seus aviões sobrevoarem os países dos muçulmanos. Isso (os ataques de Paris) foi uma simples resposta", acrescentou.
Outro dos jihadistas, armado com um rifle, declarou que os ataques podem ser realizados "com artefatos explosivos, tiros, facas, carros (bomba) e pedras".
O jihadista lembrou os ataques realizados anteriormente no Canadá, na Bélgica e na Austrália e expressou o compromisso do grupo de continuar a aterrorizar esses países: "o que vem é pior e mais amargo", advertiu.
O terceiro jihadista se referiu aos Estados Unidos, onde a população "não terá segurança até que os muçulmanos vivam seguros", disse.
Esse vídeo foi divulgado depois que caças franceses bombardearam em massa no domingo o principal reduto do EI na Síria, a cidade de Al Raqqa (nordeste), em resposta à onda de atentados em Paris, que deixou ao menos 129 mortos e 350 feridos.
Texto atualizado às 11h51.