Ehud Barak: "As atuais sanções podem não ser suficientes para obrigar as autoridades iranianas a tomar decisões" (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 16 de fevereiro de 2012 às 17h34.
Tóquio - O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, pediu nesta quinta-feira em Tóquio, onde se encontra em visita oficial, sanções mais duras e 'efetivas' contra o Irã, depois que o país anunciou avanços em seu programa nuclear, informou a agência japonesa 'Kyodo'.
'As atuais sanções podem não ser suficientes para obrigar as autoridades iranianas a tomar decisões, razão pela qual consideramos que ainda é necessário outras mais efetivas', disse o ministro israelense ao término de uma reunião com seu colega japonês, Naoki Tanaka.
Barak deu estas declarações depois que o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, anunciou na quarta-feira que seu país inaugurou 3 mil novas centrífugas de urânio, com as quais já são 9 mil as que tem para produzir urânio enriquecido a 3,5%.
Apesar desse anúncio, o Departamento de Estado americano considerou que a notícia não significa 'muitas coisas novas' e que foi exagerada, enquanto apontou que a pressão internacional sobre o regime dos aiatolás está funcionando.
O Irã está em meio a uma tempestade política internacional, já que diversos países, com os Estados Unidos à frente, acreditam que seu programa nuclear tem fins militares, o que Teerã nega de forma taxativa ao assegurar que é exclusivamente civil e pacífico.
Durante o encontro desta quinta com Ehud Barak, que durou cerca de 40 minutos, o ministro da Defesa japonês afirmou que seu país compartilha a preocupação internacional pela situação no Irã e pediu uma solução diplomática e pacífica para o conflito, segundo a 'Kyodo'.
Barak, primeiro-ministro israelense entre 1999 e 2001, se reuniu na quarta com o chefe do governo japonês, Yoshihiko Noda, que pediu que Israel desista de empreender ações militares contra o Irã e expressou que seu país continuará com sua política de diálogo unida a medidas de pressão.
Atualmente, o Japão importa do Irã cerca de 10% do petróleo que consome e Noda apontou a possibilidade de reduzir essas importações enquanto enfrenta a questão nuclear com o Irã de modo pacífico.
Barak chegou na quarta a Tóquio para uma visita oficial de cinco dias destinada a estreitar as relações bilaterais, coincidindo com o 60º aniversário do estabelecimento de laços entre os dois países.