Praça Tahrir no Egito (Mohamed Hossam/AFP)
Da Redação
Publicado em 20 de novembro de 2011 às 14h30.
Três pessoas morreram neste domingo, vítimas de asfixia, depois de a polícia de choque empregar gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes na Praça Tahrir, no Cairo, Egito, denunciou o médico Abdullah Abdelrahmane, que dirige um hospital de campanha montado no local.
Os policiais entraram brevemente, neste domingo, na praça emblemática do centro da cidade, mas foram obrigados a recuar para as ruas adjacentes, ante a resistência demontrada por milhares de manifestantes presentes, retornando depois.
Dois ativistas tinham sido mortos no Cairo e em Alexandria no sábado - primeiro dia de confrontos mortíferos que contribuíram para aumentar a tensão no Egito, onde as primeiras eleições, depois da queda de Hosni Mubarak, devem ser abertas em oito dias.
No total, 750 pessoas ficaram feridas, à noite, na praça Tahrir, segundo o ministério da Saúde.
Os confrontos, que começaram na manhã de sábado, prosseguiram à noite, tendo sido retomados e intensificados na manhã de domingo, principalmente nas proximidades do ministério do Interior, fazendo lembrar cenas da revolta contra o regime do início do ano, embora com menor extensão.
Segundo a agência oficial de notícias Mena, milhares de pessoas se reuniram domingo para os funerais de um manifestante morto em Alexandria.