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Egito se prepara para dissolver Irmandade Muçulmana como ONG

Decisão se aplica à ONG registrada pela Irmandade em março em resposta a uma decisão judicial alegando que o grupo não tinha status legal


	Apoiador da Irmandade Muçulmana: "decisão do ministro de fato já foi tomada, mas será anunciada no início da próxima semana em uma entrevista coletiva", disse jornal do governo
 (Louafi Larbi/Reuters)

Apoiador da Irmandade Muçulmana: "decisão do ministro de fato já foi tomada, mas será anunciada no início da próxima semana em uma entrevista coletiva", disse jornal do governo (Louafi Larbi/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2013 às 08h13.

Cairo - O governo egípcio apoiado pelos militar vai encerrar as atividades da Irmandade Muçulmana como uma organização não-governamental dentro de alguns dias, informou um jornal nesta sexta-feira, em mais uma medida para reprimir o movimento do presidente deposto Mohamed Mursi.

A decisão se aplica à ONG registrada pela Irmandade em março em resposta a uma decisão judicial alegando que o grupo não tinha status legal. O fim da ONG da Irmandade seria mais uma derrota para o grupo de Mursi, que tem sofrido uma intensa repressão por parte das autoridades, incluindo a detenção de vários de seus líderes.

O jornal Al-Shorouk disse que a decisão será tomada "dentro de dias", citando o porta-voz do Ministério da Solidariedade Social Hany Mahana.

O mesmo porta-voz disse ao jornal estatal Al-Akhbar que a decisão já foi tomada.

"A decisão do ministro de fato já foi tomada, mas será anunciada no início da próxima semana em uma entrevista coletiva", disse o jornal do governo.

Mahana não pôde ser contactado para comentar. Um membro do governo negou que a decisão já tenha sido tomada.

A Irmandade venceu as eleições parlamentar e presidencial do Egito após a deposição do autocrata Hosni Mubarak em 2011, mas foi derrubada do governo em 3 de julho quando o Exérctio depôs Mursi em resposta aos protestos contra sua administração.

As forças de segurança mataram centenas de partidários de Mursi e prenderam vários líderes da Irmandade sob acusação de incitar a violência. Até o momento, não houve nenhuma tentativa de banir o braço político do grupo, o Partido da Liberdade e Justiça.

Cerca de cem membros das forças de segurança também foram mortos na violência política.

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