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Egito revisará recurso contra suspensão de eleições

Essa instância pede a revogação da decisão emitida nesta quarta-feira por uma corte administrativa da cidade de Benha, ao norte do Cairo

Às eleições presidenciais, as primeiras desde a revolução que derrubou Mubarak em 2011, concorrem 13 candidatos (Asmaa Waguih/AFP)

Às eleições presidenciais, as primeiras desde a revolução que derrubou Mubarak em 2011, concorrem 13 candidatos (Asmaa Waguih/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2012 às 17h29.

Cairo - A Corte Suprema Administrativa do Cairo estudará no próximo sábado um recurso contra a decisão judicial emitida nesta quarta-feira que determina a suspensão das eleições presidenciais previstas para os dias 23 e 24 deste mês.

O chefe do departamento encarregado de examinar os recursos dessa corte, Magdy el-Agaty, citado pela agência oficial de notícias "Mena", foi quem anunciou a data quando o tribunal analisará o recurso apresentado pela Corporação das Causas do Estado, em representação da Comissão Eleitoral Presidencial.

Essa instância pede a revogação da decisão emitida nesta quarta-feira por uma corte administrativa da cidade de Benha, ao norte do Cairo.

Segundo o recurso, essa resolução infringe o anúncio Constitucional de março de 2011, elaborado pela Junta Militar que governa o Egito e que estabelece que todas as decisões da Comissão Eleitoral Suprema Presidencial são inapeláveis.

O tribunal de Benha considerou que a Comissão Eleitoral não tem a autorização de convocar as eleições e, por isso, determinou a suspensão do pleito.

Segundo esse tribunal local, a autoridade competente para efetuar a convocação é o Conselho Supremo das Forças Armadas (nome oficial da Junta Militar), que dirige o país desde a renúncia do presidente Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011.

Apesar dessa resolução, a Comissão Eleitoral Presidencial destacou nesta quinta-feira que mantém suas atividades e que, "por enquanto", será mantida a data das eleições presidenciais, cujo primeiro turno será realizado nos próximos dias 23 e 24.

"A Comissão Eleitoral ainda estuda a sentença do tribunal após recebê-lo nesta manhã", disse à Agência Efe um porta-voz deste órgão, Hatem Bagato.

Nesta quarta-feira à noite, a Junta Militar ressaltou em comunicado que as eleições presidenciais serão realizadas na data marcada e reiterou seu compromisso de entregar o poder ao presidente que for escolhido nessas eleições.

Às eleições presidenciais, as primeiras desde a revolução que derrubou Mubarak em 2011, concorrem 13 candidatos, entre os quais partem como favoritos o ex-secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa; o islamita moderado Abdel Moneim Abul Futuh; e o aspirante da Irmandade Muçulmana, Mohammed Mursi. 

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