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Egito leva líder da Irmandade e 682 outros a julgamento

Acusações incluem homicídios


	O ex-presidente egípcio Mohamed Mursi:  julgamento de Mohmed Badie, de 70 anos, e de seguidores seus começa um dia depois de o mesmo tribunal, na província de Minya, condenar à morte 529 membros do grupo islâmico
 (AFP)

O ex-presidente egípcio Mohamed Mursi:  julgamento de Mohmed Badie, de 70 anos, e de seguidores seus começa um dia depois de o mesmo tribunal, na província de Minya, condenar à morte 529 membros do grupo islâmico (AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2014 às 09h11.

Minya - O líder da proscrita Irmandade Muçulmana e 682 outras pessoas começaram a ser julgados na terça-feira por várias acusações, inclusive homicídio, segundo o advogado do grupo, em mais um golpe para os partidários do presidente deposto do Egito Mohamed Mursi.

O julgamento de Mohmed Badie, de 70 anos, e de seguidores seus começa um dia depois de o mesmo tribunal, na província de Minya, condenar à morte 529 membros do grupo islâmico, no que entidades de direitos humanos disseram ser a maior sentença coletiva à pena capital na história moderna do Egito.

A Irmandade tem sido duramente reprimida desde julho, quando o Exército depôs Mursi, da Irmandade, o primeiro presidente democraticamente na história egípcia.

Queixando-se de irregularidades, advogados de defesa boicotaram a audiência judicial da terça-feira, assistida por 60 dos réus.

"Evitamos comparecer... porque o juiz violou os procedimentos da lei penal e não permitiu que (os advogados) apresentassem sua defesa", disse o advogado Adel Ali à Reuters.

Segundo ele, 77 réus estão presos, e os demais foram libertados sob fiança ou estão foragidos.

Os julgamentos coletivos podem intensificar as tensões e desencadear mais violência no mais populoso país árabe. Centenas de pessoas morreram por causa de confrontos políticos nos últimos meses, e uma insurgência islâmica está se espalhando pelo país.

A Irmandade, com estimados 1 milhão de membros, venceu a maioria das eleições disputadas desde a deposição de Hosni Mubarak, em 2011, mas o atual governo implantado pelos militares qualificou a entidade como "terrorista".

O grupo --que já sobreviveu anteriormente a décadas de repressão-- se diz voltado para o ativismo pacífico.

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