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Egito: Junta Eleitoral diz que irregularidades não afetam eleições

Grupo responsável por organizar o pleito disse que recebeu cerca de 400 denúncias no primeiro dia de votação

Urna com os votos no Egito: horário foi estendido para todo mundo votar (Peter Macdiarmid/Getty Images)

Urna com os votos no Egito: horário foi estendido para todo mundo votar (Peter Macdiarmid/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2011 às 17h05.

Cairo - O presidente da Comissão Eleitoral egípcia, Abdul Moaez Ibrahim, disse nesta segunda-feira que as denúncias de irregularidades apresentadas por eleitores e observadores internacionais 'não vão afetar o processo eleitoral'.

Em uma entrevista concedida à emissora de televisão egípcia, Ibrahim explicou que embora tenham se registrado até o momento cerca de 400 denúncias de infrações cometidas durante a votação, a eleição prossegue normalmente. 'Os problemas não são problemas se têm soluções e, graças a Deus, para todos os que tivemos hoje foi encontrada a solução', ressaltou Ibrahim.

Horas antes, o chefe da Comissão Eleitoral reconheceu diversas irregularidades cometidas, como a propaganda de alguns partidos em frente aos colégios eleitorais e o atraso na abertura de vários centros de votação. No entanto, jornalistas da Agência Efe foram testemunhas de infrações ainda mais graves, como a compra de votos.

Ibrahim também explicou que os resultados desta primeira etapa não serão divulgados nesta segunda-feira, visto que a comissão teme que os candidatos menos votados apelem para práticas ilegais no segundo dia do primeiro turno, que será realizado na terça-feira.

Apesar dos eleitores terem a opção de votar amanhã, os cidadãos do Cairo, Alexandria e outras sete províncias egípcias esperaram por horas, desde a madrugada, para poderem exercer seu direito, já que muitos colégios abriram com atraso. Com o transtorno, a autoridade eleitoral decidiu atrasar o fechamento desses colégios até depois da hora prevista.

As eleições legislativas egípcias, as primeiras desde a renúncia de Hosni Mubarak em fevereiro, estão ocorrendo com tranquilidade, apesar de o Egito ter sido palco de violentos enfrentamentos entre manifestantes e forças de segurança na última semana. 

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