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Egito e Jordânia exaltam importância de Palestina na ONU

Segundo eles, o novo status do país reflete a importância da comunidade internacional dar continuidade aos esforços para alcançar a paz entre palestinos e israelenses


	A bandeira palestina: para o Egito, a paz depende diretamente do fim da ocupação israelense e do reconhecimento dos direitos do povo palestino
 (Lior Mizrahi/Getty Images)

A bandeira palestina: para o Egito, a paz depende diretamente do fim da ocupação israelense e do reconhecimento dos direitos do povo palestino (Lior Mizrahi/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2012 às 08h05.

Cairo - Após a ONU ter reconhecido a Palestina como Estado observador na noite de ontem, Egito e Jordânia ressaltaram nesta sexta-feira a importância da comunidade internacional dar continuidade aos esforços para alcançar a paz entre palestinos e israelenses.

Em comunicado, o ministro das Relações Exteriores do Egito, Mohammed Amre, considerou que o amplo apoio alcançado pela dita resolução reflete a crescente consciência da comunidade internacional na importância de seguir com os esforços para resolver a questão palestina.

Segundo Amre, esse objetivo depende diretamente do fim da ocupação israelense e do reconhecimento dos "direitos legítimos do povo palestino", sobretudo, o de ter um Estado independente soberano com as fronteiras de 1967, tendo Jerusalém como capital.

O ministro das Relações Exteriores do Egito destacou que o Egito está disposto a continuar defendendo a causa e o povo palestino.

Da Jordânia, o porta-voz do governo de Amã, Samih Mayta, qualificou a decisão da ONU como uma "conquista importante e estratégica no caminho do conflito árabe-israelense, a qual deveria ser empregada para mobilizar o mundo em apoio dos direitos legítimos do povo palestino, incluído um Estado independente".

Para Mayta, "a resolução da ONU demonstra que a visão de dois Estados é a única solução para acabar com o conflito palestino-israelense e restabelecer a paz no Oriente Médio".


O porta-voz do governo de Amã adiantou que a Jordânia, em cooperação com outras partes, continuará se esforçando para levar israelenses e palestinos à mesa de negociações.

No entanto, Mayta se queixou das práticas israelenses e suas ações "unilaterais", especialmente a construção de assentamentos, que "fazem ameaçam a segurança e a estabilidade do Oriente Médio, além de bloquear o êxito dos esforços mundiais para a paz".

As relações diplomáticas de Israel com o mundo árabe se limitam à Jordânia e Egito: Amã assinou um acordo de paz em 1994, enquanto Cairo assinou em 1979.

Na noite de ontem, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou, por maioria absoluta, uma resolução que reconhece a Autoridade Nacional Palestina (ANP) como um estado observador não membro.

Em uma votação direta no plenário da Assembleia Geral, iniciada por volta das 20h (de Brasília), a resolução impulsionada pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, contou com 138 votos a favor, 9 contra e 41 abstenções. 

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