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Egito diz que palestinos aceitam pacto de reconciliação

Segundo autoridade egípcia, Hamas e Fatah concordaram implementar um longamente aguardado pacto de reconciliação

Palestino vestindo uma bandana do Fatah em manifestação de simpatizantes do grupo em Gaza, área predominantemente do Hamas (Mohammed Salem/Reuters)

Palestino vestindo uma bandana do Fatah em manifestação de simpatizantes do grupo em Gaza, área predominantemente do Hamas (Mohammed Salem/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2013 às 08h09.

Cairo/Gaza - Uma autoridade egípcia disse que os líderes das facções palestinas Hamas e Fatah concordaram, durante negociação no Cairo na quarta-feira, implementar um longamente aguardado pacto de reconciliação, mas não ficou claro se o acordo depende de mais negociações entre as partes.

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, do movimento secular Fatah que governa a Cisjordânia, e Khaled Meshaal, do islamista Hamas que controla a Faixa de Gaza, encontraram-se frente a frente pela primeira vez em mais de um ano para discutir como colocar em prática o acordo fechado em 2011.

Os dois adversários se distanciaram completamente depois que o Hamas tomou o controle de Gaza das forças do Fatah em 2007, mas se aproximaram desde o conflito do Hamas com Israel em Gaza, em novembro, no qual o grupo palestino declarou vitória, e depois da vitória diplomática de Abbas na ONU, no mesmo mês, quando a Palestina foi reconhecida como "Estado não-membro".

"Ficou acertado que os dois lados vão começar imediatamente a implementar o mecanismo previamente fechado no acordo assinado", disse à Reuters uma importante autoridade palestina envolvida nas negociações, que pediu anonimato, por telefone do Cairo.

Nabil Abu Rdaineh, assessor de Abbas, disse que o presidente teve uma longa conversa com Meshaal, em uma "atmosfera positiva". Ele disse que ambos decidiram realizar novas conversas, mas não deu detalhes. Não houve comentários de imediato por parte do Hamas.

O acordo de reconciliação elaborado pelo Egito no ano passado pediu para ambos os lados formarem um governo de unidade que iria supervisionar uma eleição e reformar a Organização de Libertação da Palestina, liderada por Abbas, para incluir o Hamas e o grupo menos influente Jihad Islâmica.

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