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Egito deve se dedicar a "diálogo nacional sério", diz ONU

Porta-voz da Alta Comissária para Direitos Humanos afirmou que ultimato de 48 horas dos militares para resolver impasse era crucial


	Protesto contra o presidente Mohamed Mursi no Cairo: ONU pede que partidos políticos e grupos sociais estabeleçam um diálogo nacional sério
 (©afp.com / Gianluigi Guercia)

Protesto contra o presidente Mohamed Mursi no Cairo: ONU pede que partidos políticos e grupos sociais estabeleçam um diálogo nacional sério (©afp.com / Gianluigi Guercia)

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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2013 às 09h00.

Genebra - A agência de direitos humanos da ONU pediu nesta terça-feira ao presidente do Egito, Mohamed Mursi, que ouça as demandas do povo egípcio e engaje em um "diálogo nacional sério" para resolver a crise política no país.

Rupert Colville, porta-voz da Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, disse também que o papel dos militares, que deram a Mursi um ultimato de 48 horas na segunda-feira para resolver o impasse após a realização de grandes protestos contra o governo, era crucial.

"Apelamos ao presidente do Egito para que ouça as demandas e desejos do povo egípcio manifestados durante esses enormes protestos ao longo dos últimos dias e trate das questões fundamentais levantadas pela oposição e pela sociedade civil nos últimos meses", disse ele durante entrevista coletiva em Genebra.

"Pedimos a todos os partidos políticos e grupos sociais no Egito que estabeleçam urgentemente um diálogo nacional sério, a fim de encontrar uma solução para a crise política e evitar uma escalada da violência."

Questionado sobre o papel dos militares, Colville disse: "Estamos falamos, com esperança, sobre uma nova democracia em desenvolvimento no Egito, por isso, obviamente, o que os militares fazem ou deixam de fazer é crucial. Nada que possa prejudicar os processos democráticos no país deve ser feito." "A democracia do Egito é, obviamente, muito frágil e ninguém quer vê-la cair ou ruir de maneira alguma", disse Colville à Reuters TV.

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