Embora o Egito não seja um grande produtor de petróleo, cerca de 3 milhões de barris do produto passam por dia pelo estratégico Canal de Suez e o oleoduto Suez-Mediterrâneo (H Nawara/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 5 de julho de 2013 às 12h01.
Londres - O Exército do Egito declarou estado de emergência em área fronteiriças com a rota marítima de Suez depois de um ataque de militantes em um aeroporto regional desencadear temores de interrupções de petróleo e impulsionar os preços da commodity. Não há relatos até agora de interrupção do trânsito, no entanto.
A medida foi anunciada após o ex-presidente do Egito, Mohammed Mursi, que tem o apoio da Irmandade Muçulmana, ter sido deposto pelo Exército do país na quarta-feira.
Osama Askar, comandante do Terceira Exército, disse em um comunicado transmitido pela televisão estatal do Egito que o Estado de prontidão foi elevado para seu nível mais alto nas províncias de Sinai do Sul e de Suez após um atirador islamita atacar o aeroporto na cidade costeira mediterrânea de Arish.
O impacto dos desdobramentos no Egito nos preços mundiais de petróleo ressalta como os riscos geopolíticos estão ressurgindo nos mercados, depois de terem sido recentemente ofuscados por um boom na produção do petróleo dos EUA.
Embora o Egito não seja um grande produtor de petróleo, cerca de 3 milhões de barris do produto passam por dia pelo estratégico Canal de Suez e o oleoduto Suez-Mediterrâneo que vai do terminal Ain Sukhna no Golfo de Suez ao terminal de Sidir Kerir no Mediterrâneo.
Um porta-voz da Autoridade do Canal de Suez disse que o tráfego através da rota marítima estava normal e 45 navios haviam cruzado ambos os sentidos.
Um alto funcionário da Egyptian General Petroleum Corp., que detêm 50% do oleoduto Suez-Mediterrâneo, afirmou que as operações estão normais. Fonte: Dow Jones Newswires.