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Egito condena 418 islamitas a penas entre 2 anos e perpétua

A corte condenou à revelia 249 acusados a pena de 25 anos de encarceramento, o que equivale à prisão perpétua no Egito


	Egito: eles foram julgados pelo envolvimento em distúrbios após a deposição militar do ex-presidente Mohammed Mursi, em julho de 2013
 (Khaled Desouki/AFP)

Egito: eles foram julgados pelo envolvimento em distúrbios após a deposição militar do ex-presidente Mohammed Mursi, em julho de 2013 (Khaled Desouki/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2016 às 17h19.

Cairo - A Justiça Militar do Egito condenou nesta quinta-feira 418 islamitas - 350 deles à revelia - a penas que variam entre dois anos de detenção e prisão perpétua pelo envolvimento em distúrbios após a deposição militar do ex-presidente Mohammed Mursi, em julho de 2013.

Segundo o jornal estatal "Al-Ahram", os acusados foram julgados em dois casos distintos, ambos realizados na cidade de Asiut, que fica 360 quilômetros ao sul do Cairo.

A corte condenou à revelia 249 acusados a pena de 25 anos de encarceramento, o que equivale à prisão perpétua no Egito.

Os condenados foram acusados de invadir uma delegacia de polícia da cidade de Deir Muas, na província de Minia, no vale do Nilo.

No mesmo caso, outros 50 acusados compareceram ao julgamento e foram condenados a penas que vão de dois a dez anos de prisão.

No segundo julgamento, a mesma corte decidiu pela prisão perpétua de 101 pessoas acusadas de invadir a sede da companhia telefônica estatal em Deir Muas, além de atear fogo no local. Outros 18 foram condenados a 10 anos de prisão por participação no mesmo incidente.

No mês passado, a Procuradoria Militar egípcia decidiu transferir à Justiça Militar os casos dos acusados de adesão a um grupo clandestino, além de atos de sabotagem contra bens públicos.

Os tribunais egípcios, militares e civis, perseguiram os aliados de Mursi nos últimos três anos e centenas deles foram condenados a duras penas de prisão e inclusive à morte, inclusive o próprio ex-mandatário e outros dirigentes do então grupo governante, a Irmandade Muçulmana.

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