Mundo

Choque entre jovens e islamitas deixa 40 feridos no Egito

Conflito emergiu de encontro de conservadores salafitas com jovens manifestando-se contra a nova Constituição

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2012 às 16h35.

Alexandria - Choques entre islamitas e jovens opositores ao governo deixaram mais de 40 feridos nesta sexta-feira em Alexandria, segunda maior cidade do Egito.

Milhares de manifestantes dos dois grupos entraram em confrontos perto do porto no Mediterrâneo e a polícia teve que usar gás lacrimogêneo para separá-los. A polícia também separou os manifestantes a golpes de cassetete. Os confrontos começaram após as preces da sexta-feira, quando os ultraconservadores salafitas saíram das mesquitas e encontraram os jovens se manifestando nas ruas contra a nova Constituição, a qual consideram antidemocrática.

Os confrontos acontecem à véspera da segunda fase da votação sobre o projeto constitucional e fazem parte da tensa crise política do Egito. Os islamitas convocaram uma grande manifestação do lado de fora da principal mesquita do centro de Alexandria, mas não ficou claro quem iniciou o choque.

Confrontos mortíferos têm ocorrido no Egito desde 5 de dezembro, quando manifestantes se enfrentaram na frente do palácio presidencial no Cairo, deixando oito mortos e mais de 600 feridos. Os confrontos começaram após o presidente egípcio Mohammed Morsi ter emitido decretos no final de novembro que o colocaram acima do judiciário. Morsi recuou parcialmente após o começo dos protestos, mas manteve a votação em referendo da nova Constituição para os dias 15 e 22. No sábado passado, 15, a Constituição foi aprovada no Cairo, Alexandria e oito províncias do país. Amanhã, sábado 22, o referendo ocorrerá nas 17 províncias restantes. O comparecimento às urnas foi baixo no sábado passado e ficou perto de 32% do eleitorado. Cerca de 52% dos eleitores que votaram aprovaram a Constituição. Grupos de defesa dos direitos humanos e a oposição reclamam que ocorreram irregularidades no sufrágio.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaEgitoIslamismoPolítica no BrasilProtestos

Mais de Mundo

Argentina registra décimo mês consecutivo de superávit primário em outubro

Biden e Xi participam da cúpula da Apec em meio à expectativa pela nova era Trump

Scholz fala com Putin após 2 anos e pede que negocie para acabar com a guerra

Zelensky diz que a guerra na Ucrânia 'terminará mais cedo' com Trump na Presidência dos EUA