Nas últimas três eleições, o PMDB, sem nomes competitivos na capital paulista, cedeu seu principal ativo eleitoral - o tempo de TV. Chalita pode mudar essa situação no partido (Milton Jung CBNSP/Flickr)
Da Redação
Publicado em 23 de maio de 2011 às 10h45.
São Paulo - Se confirmada, a decisão do PMDB de lançar candidato próprio à Prefeitura de São Paulo fará com que, pela primeira vez desde 1996, o partido não seja a "noiva" preferida das coligações interessadas em ampliar seu tempo de propaganda em rede de rádio e televisão. Isso elevará o poder de barganha dos chamados "nanicos" e de partidos médios, como o PDT e o PSB.
A disputa pelos minutos e segundos do palanque eletrônico também será acirrada graças ao caráter "multipolar" da campanha - além de PT e PSDB, tradicionais concorrentes, e do próprio PMDB, o prefeito Gilberto Kassab colocará à prova a força de seu grupo político, reunido em torno do recém-criado PSD e de legendas que ocupam cargos na administração.
Nas últimas três eleições, o PMDB, sem nomes competitivos na capital paulista, cedeu seu principal ativo eleitoral - o tempo de TV - a Romeu Tuma (PFL), em 2000, a Luiza Erundina (PSB), em 2004, e a Kassab (então no DEM), em 2008.
Com a anunciada candidatura do neofiliado Gabriel Chalita - segundo deputado federal mais votado no Estado em 2010 -, o PMDB perderá o caráter de "curinga" no jogo eleitoral e precisará, ele próprio, atrair aliados para fortalecer seu representante. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.