O líder da oposição ao governo da Venezuela e ex-candidato presidencial Edmundo González Urrutia divulgou um comunicado na quinta-feira, 19, no qual negou ter sido coagido pela Espanha a receber asilo no país europeu.
“Não fui coagido nem pelo governo espanhol, nem pelo embaixador espanhol na Venezuela, Ramón Santos”, diz González Urrutia no texto, que ele começa justificando tê-lo escrito "diante das várias versões que estão circulando sobre uma suposta coação por parte de funcionários do Estado espanhol".
González Urrutia enfatizou que todas as providências para sua viagem da Venezuela rumo à Espanha “foram supervisionadas e facilitadas diretamente pelo Ministro das Relações Exteriores espanhol, José Manuel Albares", que garantiu seu "bem-estar e liberdade de decisão”.
“O único propósito das medidas diplomáticas tomadas foi facilitar minha saída do país, sem exercer qualquer tipo de pressão sobre mim”, disse o ex-candidato presidencial venezuelano, que foi reconhecido no Parlamento Europeu também na quinta-feira como presidente eleito de seu país.
“Espero esclarecer quaisquer dúvidas ou mal-entendidos sobre a natureza do meu traslado e reiterar meus agradecimentos às autoridades espanholas por seu apoio e compromisso com a proteção dos direitos humanos”, conclui o comunicado.
O texto foi divulgado depois da revelação de que González Urrutia havia assinado um documento no qual reconhecia a vitória de Nicolás Maduro nas eleições de 28 de julho no país sul-americano, o que o líder opositor admitiu e esclareceu que o fez sob coação das autoridades de seu próprio país, como condição para viajar para a Espanha.
Por outro lado, o principal partido de oposição ao governo da Espanha, o conservador Partido Popular, acusou na quinta-feira o governo do país europeu - que tem como principal legenda o Partido Socialista - de estar envolvido “como colaborador" no “golpe de Estado que ocorreu na Venezuela” e apontou o ex-governante espanhol José Luis Rodríguez Zapatero como o “grande conspirador”.
O vice-secretário de Assuntos Institucionais do PP, Esteban González Pons, expressou sua “repulsa”, “vergonha” e “indignação” com o vídeo em que o ex-candidato presidencial e líder da oposição venezuelana Edmundo González, exilado na Espanha desde 8 de setembro, afirma que assinou um documento reconhecendo a vitória de Nicolás Maduro sob “coerção” na residência do embaixador espanhol em Caracas.
Essas declarações foram repudiadas pelo ministro das Relações Exteriores da Espanha, que pediu ao líder do PP, Alberto Nuñez Feijóo, que convença Pons a se retratar.
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Pessoas batem em panelas em manifestação após a eleição de Maduro, em Caracas, na segunda-feira
(Pessoas batem em panelas em manifestação após a eleição de Maduro, em Caracas, na segunda-feira)
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Um homem cobre o rosto com gás lacrimogêneo durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas, na segunda-feira
(Um homem cobre o rosto com gás lacrimogêneo durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas, na segunda-feira)
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Manifestantes montaram uma barricada durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Valência, no estado de Carabobo.
(Manifestantes montaram uma barricada durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Valência, no estado de Carabobo.)
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Um manifestante chuta uma faixa de campanha do presidente venezuelano Nicolás Maduro durante um protesto em Valência, no estado de Carabobo.
(Um manifestante chuta uma faixa de campanha do presidente venezuelano Nicolás Maduro durante um protesto em Valência, no estado de Carabobo.)
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Policiais removem destroços durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.
(Policiais removem destroços durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.)
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Um manifestante devolve à polícia uma lata de gás lacrimogêneo durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.
(Um manifestante devolve à polícia uma lata de gás lacrimogêneo durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.)
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Manifestantes incendiaram uma barricada durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.
(Manifestantes incendiaram uma barricada durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.)
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Opositor ao governo pisa num cartaz de campanha eleitoral com a imagem de Maduro durante um protesto no bairro Petare, em Caracas, na segunda-feira
(Opositor ao governo pisa num cartaz de campanha eleitoral com a imagem de Maduro durante um protesto no bairro Petare, em Caracas, na segunda-feira)
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9/20
Manifestantes entram em confronto com a polícia perto de um carro blindado da polícia durante um protesto contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.
(Manifestantes entram em confronto com a polícia perto de um carro blindado da polícia durante um protesto contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.)
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10/20
Um policial carrega um colega ferido durante um protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro em Caracas.
(Um policial carrega um colega ferido durante um protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro em Caracas.)
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11/20
Os opositores do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro protestam no bairro Catia, em Caracas.
(Os opositores do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro protestam no bairro Catia, em Caracas.)
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Opositor do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro protestam no bairro Catia, em Caracas.
(Opositor do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro protestam no bairro Catia, em Caracas.)
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Os opositores do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro protestam no bairro Catia, em Caracas.
(Os opositores do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro protestam no bairro Catia, em Caracas.)
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Um oponente do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro bate uma panela durante um protesto no bairro Catia, em Caracas.
(Um oponente do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro bate uma panela durante um protesto no bairro Catia, em Caracas.)
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15/20
Um manifestante bate uma panela na cabeça durante um protesto contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.
(Um manifestante bate uma panela na cabeça durante um protesto contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.)
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16/20
Um policial cai no chão ferido durante um protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro em Caracas.
(Um policial cai no chão ferido durante um protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro em Caracas..)
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Manifestantes participam de um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Valência, no estado de Carabobo.
(Manifestantes participam de um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Valência, no estado de Carabobo.)
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Manifestantes queimam um cartaz publicitário durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.
(Manifestantes queimam um cartaz publicitário durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.)
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Oponentes do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro entram em confronto com a polícia de choque durante um protesto no bairro de Catia, em Caracas.
(Oponentes do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro entram em confronto com a polícia de choque durante um protesto no bairro de Catia, em Caracas.)
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Policiais protegem-se dos manifestantes durante um protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro em Caracas.
(Policiais protegem-se dos manifestantes durante um protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro em Caracas.)