Vedder: "Eu sou um exemplo de alguém que nunca conseguiu ir para a universidade. Tinha o sonho de ser músico, mas tinha a impressão de que esse sonho tinha data de validade" (Samir Hussein/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 21 de setembro de 2012 às 08h12.
Miami - Eddie Vedder, vocalista do grupo Pearl Jam, cantou para Barack Obama em um ato privado para arrecadar fundos para sua campanha organizado em Tampa, na Flórida
Para participar do evento era preciso pagar US$ 20 mil. O ato foi realizado na residência do cantor e compositor Don Miggs e de Lisa DeBartolo, filha de um antigo proprietário do time de futebol americano San Francisco 49ers.
Com um bandolim, Vedder iniciou sua atuação com "Rise", canção do Pearl Jam, e depois trocou o instrumento por um ukelele havaiano. Cerca de 80 pessoas participaram do evento.
"Tem um pequeno certificado de nascimento aqui dentro", brincou o cantor, fazendo referência à polêmica sobre o local de nascimento de Obama. 'Não posso dizer que alguma vez tenha tocado tantas canções vestido de terno', afirmou o artista.
Vedder também comentou os polêmicos comentários do candidato republicano, Mitt Romney, que disse não se preocupar com o voto de 47% da população, que na sua opinião se sente "vítima" do sistema, vive de ajudas públicas e planeja votar em Obama.
"Eu sou um exemplo de alguém que nunca conseguiu ir para a universidade. Tinha o sonho de ser músico, mas tinha a impressão de que esse sonho tinha data de validade", explicou o cantor. Vedder revelou que conseguia dinheiro para comprar instrumentos e equipamentos de som trabalhando como vigilante.
"Para mim, tudo começou com a possibilidade de receber uma formação adequada para um trabalho decente. Por isso é muito incômodo escutar como um candidato presidencial desdenha tão facilmente de uma quantidade tão descomunal de gente", afirmou.
Obama agradeceu por sua atuação, 'mas sobretudo por essa história', que 'diz muito não só de você, mas deste país'.
"Não quero que nossos filhos pensem que o sucesso está reservado para eles e que de alguma maneira metade do país fique excluída desse sucesso. Quero que todos tenham êxito. Negro, brancos, hispânicos, asiáticos, nativos americanos, homossexuais, heterossexuais, capacitados ou incapacitados, quero que todos tenham a oportunidade de sucesso. É por isso que estamos lutando nestas eleições", discursou.