Mundo

Economistas reduzem previsão do PIB dos EUA para 1,5%

Nova estimativa de crescimento é metade da previsão de maio

Fila de emprego nos EUA: taxa de pessoas sem trabalho deve fechar 2011 em 9% (Mark Ralston/AFP)

Fila de emprego nos EUA: taxa de pessoas sem trabalho deve fechar 2011 em 9% (Mark Ralston/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2011 às 16h06.

Washington - Os economistas profissionais estão cada vez mais preocupados com o fato da economia dos EUA estar enfrentando um período prolongado mal-estar. A pesquisa mais recente da National Association for Business Economics (Nabe), divulgada hoje, mostra que as projeções para o crescimento da economia norte-americana neste ano foram reduzidas para 1,5%, da expansão de 3,1% estimada em maio.

Embora a maioria dos economistas ainda acredite que os EUA conseguirão evitar uma recessão, mais de um terço dos 52 profissionais ouvidos estima que a recuperação será pífia.

"Os membros estão muito preocupados com o alto nível de desemprego, o déficit federal e a crise da dívida soberana na Europa", comentou o presidente eleito da Nabe, Gene Huang, que também é economista-chefe da FedEx Corp. Para 2012, a previsão dos economistas da associação é que o PIB dos EUA avance 2,7%, sendo que em maio previa-se uma expansão de 3,3% para o ano que vem.

A pesquisa foi realizada entre 10 e 24 de agosto, pouco após o Congresso norte-americano aprovar, após um tenso debate, a elevação do limite de endividamento do país. Desde então, Obama anunciou reduções de impostos que devem dar alguma ajuda para o crescimento, mas o aprofundamento da crise na Europa ainda assombra os mercados financeiros.

Os economistas da Nabe acreditam que a economia norte-americana deve gerar cerca de 125 mil empregos por mês até o fim do ano. Embora essa previsão seja melhor do que a estimativa delineada em maio, o número ainda é insuficiente para reduzir a taxa de desemprego no país, que deve permanecer perto de 9% este ano. Para o fim de 2012, os membros da associação preveem uma taxa de desemprego de 8,5%.

Com a persistente fraqueza da economia, quase metade dos economistas ouvidos acredita que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) continuará a adotar políticas monetárias não convencionais para tentar impulsionar o crescimento. Cerca de 43% dos entrevistados acreditam que uma terceira rodada de compra de bônus (QE3, na sigla em inglês) é "provável" ou "muito provável". As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:Crescimento econômicoDesenvolvimento econômicoEstados Unidos (EUA)Indicadores econômicosPaíses ricosPIB

Mais de Mundo

Morte do Papa João Paulo II completa 20 anos

EUA anuncia o envio do segundo porta-aviões ao Oriente Médio em meio à escalada de tensões na região

Israel anuncia que eliminará tarifas sobre produtos importados dos EUA

Senador americano protesta contra política de Trump em discurso que já dura mais de 20 horas