Mundo

Ebola pode ter impacto mais amplo, diz Obama

Segundo o presidente, os riscos de um surto da doença nos Estados Unidos são "extremamente baixos"


	Jovem com suspeita de ebola tem a temperatura medida em cidade de Serra Leoa
 (Carl de Souza/AFP)

Jovem com suspeita de ebola tem a temperatura medida em cidade de Serra Leoa (Carl de Souza/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2014 às 18h39.

São Paulo - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta terça-feira que a epidemia de ebola pode ter um impacto geopolítico mais amplo se não for controlada.

Segundo ele, os riscos de um surto da doença nos Estados Unidos são "extremamente baixos", mas a propagação do vírus no Oeste da África poderia ter consequências para a segurança regional e global.

"Se a epidemia não for barrada agora, nós poderemos ter centenas de milhares de pessoas infectadas, com consequências políticas, econômicas e de segurança profundas para todos nós", afirmou Obama durante visita ao Centro para Controle e Prevenção de Doenças em Atlanta.

"Essa é uma epidemia que não ameaça apenas a segurança regional, mas será uma ameaça potencial para a segurança global se esses países ruírem, se suas economias entrarem em colapso, se as pessoas entrarem em pânico."

"Aqui está a dura verdade: no Oeste da África, o ebola é agora uma epidemia, do tipo que nós nunca vimos antes", disse o presidente. Ele afirmou que a situação vai piorar antes de melhorar. "Está ficando pior. Está se espalhando mais rápido e exponencialmente."

Obama disse que o mundo espera que os Estados Unidos lidem com a epidemia mortal de ebola no Oeste da África. Ele afirmou que os norte-americanos vão aceitar essa responsabilidade.

O presidente confirmou os relatos da Casa Branca que, pela manhã, já havia adiantado que os norte-americanos enviarão cerca de 3 mil soldados ao Oeste da África para construírem novas instalações e treinarem funcionários médicos.

De acordo com Obama, o surto inédito é uma espiral fora de controle.

Ele pediu que o restante do mundo responda de forma mais urgente à crise. "Nós estamos preparados para tomar a liderança, fornecer os recursos que apenas a América tem e mobilizar o mundo de uma maneiras que apenas a América pode mobilizar."

O vírus do ebola, uma doença fatal, se espalhou principalmente por Guiné, Libéria e Serra Leoa, com registros de 4.963 pessoas infectadas e 2.453 mortes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Com a piora da situação, Obama vai orientar o Comando África - uma das seis unidades regionais do Departamento de Defesa - para que monte um quartel-general na capital da Libéria, Monróvia, e ajude a organizar a resposta norte-americana à crise.

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaDoençasEbolaEpidemiasPersonalidadesPolíticosSaúde

Mais de Mundo

Justiça da Bolívia retira Evo Morales da chefia do partido governista após quase 3 décadas

Aerolineas Argentinas fecha acordo com sindicatos após meses de conflito

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA