Mundo

Ebola matou mais de 120 em serviços de saúde, diz OMS

"Até agora, mais de 240 trabalhadores sanitários desenvolveram a doença em Guiné, Nigéria e Serra Leoa e mais de 120 morreram", indicou a OMS

Médica controla temperatura de passageiros: febre hemorrágica matou 1.427 (AFP)

Médica controla temperatura de passageiros: febre hemorrágica matou 1.427 (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2014 às 19h25.

A epidemia de ebola matou, até agora, mais de 120 membros de serviços de saúde, enquanto os três países mais afetados - Libéria, Guiné e Serra Leoa -, contam apenas com um a dois médicos por 100 mil habitantes, condenou nesta segunda-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Até agora, mais de 240 trabalhadores sanitários desenvolveram a doença em Guiné, Nigéria e Serra Leoa e mais de 120 morreram", indicou a OMS em um comunicado.

Muitos fatores explicam esta "proporção elevada" de pessoal médico infectado, acrescentou a OMS, que citou a falta de equipamento de proteção individual (máscaras e luvas) e sua má utilização, o número amplamente insuficiente de médicos e a sobrecarga de trabalho dos médicos que, portanto, são mais propensos a cometer erros.

Além disso, segundo a OMS, "grande parte das recentes epidemias de ebola foram localizadas em regiões atrasadas, em uma parte da África que é mais familiarizada com esta doença e com redes de transmissão que eram mais fáceis de acompanhar".

"A epidemia atual é diferente", continuou a OMS, que explica que os médicos e os moradores dos países afetados não são "familiarizados com a doença", fazendo reinar "o medo em cidades e lugarejos inteiros".

"Os primeiros sintomas de muitas doenças infecciosas endêmicas na região, como a malária, a febre tifoide e a febre de Lassa, são similares aos do vírus ebola. Os pacientes infectados frequentemente precisam de cuidados de urgência. Seus médicos e enfermeiras podem não ter qualquer razão para suspeitar que se trata de ebola e não veem a necessidade de adotar as medidas de proteção", prosseguiu a OMS.

Segundo o último balanço da OMS, divulgado em 20 de agosto, a febre hemorrágica matou no total 1.427 pessoas (entre casos confirmados, prováveis e suspeitos), sendo 624 na Libéria, 406 na Guiné, 392 em Serra Leoa e 5 na Nigéria.

Nos três países mais afetados, a OMS estima que um a dois médicos atendam 100.000 habitantes, sobretudo nas cidades, mas a epidemia afeta igualmente as áreas rurais.

Acompanhe tudo sobre:DoençasEbolaEpidemiasMortesOMS (Organização Mundial da Saúde)Saúde

Mais de Mundo

Justiça da Bolívia retira Evo Morales da chefia do partido governista após quase 3 décadas

Aerolineas Argentinas fecha acordo com sindicatos após meses de conflito

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA