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Ebola causa grande prejuízo a economias da África Ocidental

Epidemia está sugando recursos orçamentários e reduzindo o crescimento econômico em até 4%

Ebola: Libéria já disse que precisaria reduzir suas projeções para o crescimento da economia em 2014 (2Tango/Reuters)

Ebola: Libéria já disse que precisaria reduzir suas projeções para o crescimento da economia em 2014 (2Tango/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2014 às 14h37.

Freetown - O Ebola está causando grande dano às economias da África Ocidental, sugando recursos orçamentários e reduzindo o crescimento econômico em até 4 por cento, enquanto executivos estrangeiros deixam os países e cancelam projetos, disse o presidente do Banco de Desenvolvimento Africano, Donald Kaberuka, nesta quarta-feira.

Com a suspensão dos serviços de companhias de transporte levando ao isolamento da região, governos e economistas alertaram que o pior surto de Ebola já registrado pode desfazer os ganhos econômicos alcançados por Serra Leoa e Libéria em seguida a uma década de guerra civil nos anos 1990.

A Air France, o braço francês da companhia Air France-KLM, comunicou nesta quarta-feira a suspensão dos voos para Serra Leoa após recomendação do governo francês.

A França não recomendou a suspensão dos voos para Nigéria e Guiné. "Rendimentos estão baixos, os níveis do câmbio estão baixos, mercados não estão funcionando, companhias aéreas não estão entrando, projetos estão sendo cancelados, homens de negócios estão indo embora - isso é muito, muito prejudicial", disse Kaberuka em entrevista na noite de terça-feira.

"Os números a que tive acesso variam de 1 por cento a 4 por cento do PIB. Isso é muito para um país com PIB de 6 bilhões de dólares", disse Kaberuka em resposta a pedido para que quantificasse os prejuízos.

A Libéria já disse que precisaria reduzir suas projeções para o crescimento da economia em 2014, mas sem divulgar uma nova projeção. O vice-ministro de recursos minerais de Serra Leoa, Abdul Ignosis Koroma, também disse à Reuters que o governo não conseguiria atingir a meta de exportar 200 milhões de dólares em diamantes este ano devido ao surto da Ebola, ante 186 milhões de dólares exportados no ano passado.

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