Agora se toda a água do mundo fosse derramada de uma só vez sobre os Estados Unidos, ela deixaria todo o país submerso a uma profundidade de 145 quilômetros (Divulgação/ USGS)
Vanessa Barbosa
Publicado em 18 de maio de 2012 às 10h16.
São Paulo – Mares, oceanos, geleiras, rios subterrâneos, lagos, neves eternas, a água está por todas as partes do planeta sob as mais variadas formas, cobrindo 70% da superfície terrestre. Acontece que quando se compara a disponibilidade deste recurso natural precioso com o tamanho da Terra, surpresa: há pouquíssima água no mundo.
Para dar uma noção visual dessa limitação, o Serviço Geológico Americano criou uma imagem que mostra como seria se toda a água do planeta fosse colocada dentro de uma esfera. De acordo com a projeção, divulgada esta semana, a hidrosfera global caberia numa “bola” d´água com diâmetro de 1.385Km, um pouco mais do que a distância entre a cidade de São Paulo e Pelotas, no Rio Grande do Sul. Já em volume, seriam cerca de 1,3 bilhão de quilômetros cúbicos
Agora se toda a água do mundo fosse derramada de uma só vez sobre os Estados Unidos, ela deixaria todo o país submerso a uma profundidade de 145 quilômetros – isso é 13 vezes mais fundo que o ponto mais fundo dos oceanos, as Fossas Marianas, no Pacífico, com cerca de 11 mil metros, local desbravado recentemente pelo cineasta James Cameron.
Dessa perspectiva, parece até muita água. Mas é preciso considerar que mais de 96% é de água salgada dos oceanos. Menos de 4% são recursos de água doce, que garantem a sobrevivência dos 7 bilhões de habitantes do planeta e demais seres vivos. E aí, a situação preocupa. Um estudo da consultoria britânica Maplecroft mostra que o mundo vive um “estresse hídrico” e nem as grandes economias escapam.