Refugiados na Hungria: 21,3 milhões de pessoas vivem em situação de refúgio em algum lugar do mundo (Christopher Furlong/Getty Images)
Gabriela Ruic
Publicado em 14 de junho de 2017 às 06h00.
Última atualização em 14 de junho de 2017 às 06h00.
São Paulo – A mais grave crise de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial parece longe do fim. Atualmente, há ao menos 65 milhões de pessoas deslocadas de seus lares, dos quais 21,3 milhões vivem em situação de refúgio.
A Síria é um dos países que registram o maior fluxo de refugiados. Palco de uma guerra civil que assola suas cidades há seis anos e de uma luta incessante contra o estabelecimento do grupo terrorista Estado Islâmico, a Síria é o país de origem de 4,9 milhões dessas pessoas.
Um deles é o artista sírio Abdalla Al Omari. Nascido na capital Damasco em 1986, deixou o país em 2011 em razão da violência. Agora, vive em Bruxelas, na Bélgica, com o status de refugiado. Seu trabalho mais recente tem uma proposta ousada: mostrar ao mundo como seria a vida dos atuais líderes globais, se refugiados fossem.
Na série de pinturas, pertinentemente intitulada como “A Série da Vulnerabilidade” (the Vulnerability Series), o artista retrata nomes como o presidente americano Donald Trump, a premiê alemã Angela Merkel, o presidente russo Vladimir Putin e o sírio Bashar Al-Assad.
Todos esses líderes são figuras centrais no conflito que assola seu país e representá-los como pessoas vulneráveis, tal qual milhões vivem hoje mundo afora, foi uma maneira de expressar a raiva que sentiu ao ver a situação na Síria se deteriorar.
“De alguma maneira, meu alvo deixou de ser uma expressão de raiva para um desejo vivido de desarmar as figuras, de mostrá-los fora de suas posições de poder”, disse ele em entrevista à rede de notícias CNN. Seu trabalho está atualmente em exposição em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Veja abaixo algumas das obras apresentadas, divulgadas nas redes sociais.