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É o momento em que decidimos salvar o planeta, diz Obama

Para Obama, os EUA, como maior economia mundial e segundo emissor de gases do efeito estufa, reconhece seu papel no aquecimento global


	Obama: "Somos a primeira geração a ver o impacto da mudança climática e a última que pode fazer algo a respeito"
 (Stephane Mahe / Reuters)

Obama: "Somos a primeira geração a ver o impacto da mudança climática e a última que pode fazer algo a respeito" (Stephane Mahe / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2015 às 10h19.

Paris - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou nesta segunda-feira que o mundo está diante de "um ponto de inflexão", que representa "o momento em que decidimos firmemente salvar o nosso planeta", em seu discurso perante a Cúpula do clima (COP21).

Para Obama, os EUA, como maior economia mundial e segundo emissor de gases do efeito estufa, reconhece seu papel no aquecimento global e assume "a responsabilidade de fazer algo" contra isso.

Obama demonstrou apoio à França após os "bárbaros atentados" de 13 de novembro, "não só para fazer justiça com a rede terrorista responsável desses ataques, mas também para proteger as pessoas e manter os valores que nos fazem fortes e livres".

Nessa linha, o líder americano considerou que manter a realização da Conferência do Clima de Paris "é um ato de desafio" em relação aos que "querem destruir nosso mundo".

Confiante de que "a mudança climática pode definir os contornos deste século", Obama disse que o planeta se encontra "em um ponto de inflexão", visto que 14 dos 15 anos mais quentes foram registrados entre 2000 e 2015.

"Nenhuma nação, rica ou pobre, grande ou pequena, é imune ao que isso significa. Somos a primeira geração a ver o impacto da mudança climática e a última que pode fazer algo a respeito. Vim aqui pessoalmente para dizer que os EUA reconhecem seu papel na criação deste problema e assumem a responsabilidade de fazer algo", disse.

Após alertar que "um dos inimigos da COP21 é o cinismo", Obama enfatizou que houve progressos na luta contra o aquecimento global nos últimos anos, por isso agora o objetivo é "uma estratégia a longo prazo que dê confiança ao mundo".

O presidente americano deixou claro o desejo de "garantir um acordo ambicioso" que leve em conta as diferenças que separam cada país e pediu "transparência" a todos os países no cumprimento dos compromissos.

Obama considerou que se todos os países participantes da Cúpula do Clima - 195 mais a União Europeia - decidirem "agir agora, não será tarde demais para a próxima geração".

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