Dilma Rousseff ainda não anunciou nenhum nome de seu ministério (Wilson Dias/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 8 de novembro de 2010 às 18h23.
O presidente do PT, José Eduardo Dutra, escalado pela presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), para fazer a interlocução do governo de transição com as lideranças dos partidos aliados, pretende concluir nesta semana as reuniões com os dirigentes partidários. O objetivo desses encontros é demarcar o espaço de atuação das 11 siglas aliadas no futuro governo Dilma Rousseff.
Dutra já tem duas conversas agendadas para amanhã: com o presidente nacional do PDT e ministro do Trabalho, Carlos Lupi, e com o presidente do PCdoB, Renato Rabelo. As reuniões ocorrerão na sede do diretório nacional do PT, em Brasília. Ainda amanhã ou quarta-feira, ele pretende se encontrar com os presidentes do PR, senador Alfredo Nascimento (AM), e do PP, senador Francisco Dornelles (RJ).
Apesar das manifestações de alguns aliados, que já expuseram suas preferências em conversas reservadas e por meio da imprensa a escalação da equipe de Dilma Rousseff só terá início depois que ela retornar da viagem à Coreia do Sul, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 14. Durante a viagem, ela se aconselhará com Lula sobre a formação de sua equipe.
Por ora, PMDB e PR travam um dos principais embates em torno da formação do próximo governo, tendo como alvo o Ministério dos Transportes, que herdará - junto com o Ministério das Cidades - a maior parte das receitas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), por causa das obras da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016. A pasta é cobiçada pelo senador eleito pelo Amazonas Eduardo Braga (PMDB) e pelo senador eleito pelo Mato Grosso Blairo Maggi (PR).
Na semana passada, Dutra deflagrou a rodada de conversas com o presidente do PMDB e vice-presidente eleito, Michel Temer, e com o presidente do PSB e governador reeleito de Pernambuco, Eduardo Campos. Embora o PTB tenha se coligado ao PSDB do candidato José Serra, Dutra vai se encontrar com os líderes do partido na Câmara, Jovair Arantes (GO), e no Senado, Gim Argello (DF), porque as respectivas bancadas apoiaram Dilma nos Estados.