José Eduardo Dutra, presidente do PT: ele acha natural o anseio para ampliar espaços no governo (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)
Da Redação
Publicado em 16 de novembro de 2010 às 17h09.
O presidente do PT e coordenador do governo de transição, José Eduardo Dutra, considerou hoje legítima e natural a formação de blocos entre os partidos aliados no Congresso. A observação foi feita por ele ao comentar a ofensiva do PMDB que montou na Câmara um superbloco parlamentar com cinco partidos, reunindo 202 deputados.
"O governo vai trabalhar pela unidade dos partidos da base", disse Dutra. Isso não significa, segundo ele, que essa força se repita no Executivo. Dutra esteve reunido por cerca de três horas com o ex-ministro Antonio Palocci e com o deputado José Eduardo Cardozo, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e, ao final do encontro, confirmou que entregou ontem à presidente eleita Dilma Rousseff um resumo por escrito das reivindicações dos partidos aliados. Segundo ele, a maioria dos partidos deseja manter o mesmo status no governo e, se possível, ampliá-lo.
Ele acrescentou que o PMDB, principal aliado, não apresentou nomes de ministeriáveis. Mas admitiu que o PR pediu a recondução do seu presidente, o senador Alfredo Nascimento, ao ministério dos Transportes. Na reunião de hoje, foi traçado um cronograma para a realização de seminários sobre temas de interesse do governo de transição: erradicação da miséria, saúde e segurança pública. O primeiro debate deve acontecer na próxima quinta-feira, no CCBB, com a participação de especialistas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV).