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Duterte defende guerra às drogas nas Filipinas

Após receber alerta com relação à segurança, presidente filipino chamou o ex-presidente da Colômbia, César Gavíria, de "idiota"

Rodrigo Duterte: presidente filipino afirmou que sua campanha almeja destruir o aparato do comércio de drogas, e não matar pessoas (Wu Hong/Pool/Reuters)

Rodrigo Duterte: presidente filipino afirmou que sua campanha almeja destruir o aparato do comércio de drogas, e não matar pessoas (Wu Hong/Pool/Reuters)

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Reuters

Publicado em 8 de fevereiro de 2017 às 12h55.

Manila - O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, fez uma defesa vigorosa de sua guerra às drogas nesta quarta-feira, rejeitando não só as alegações de execuções extrajudiciais, mas o conselho de um ex-líder colombiano que o exortou a não repetir seus próprios erros.

O ex-procurador prometeu apoiar aqueles que estão na linha de frente de sua guerra e chamou César Gaviria de "idiota" devido a um artigo de jornal no qual o ex-presidente da Colômbia alertou Duterte dizendo que a abordagem centrada na segurança "faz mais mal do que bem".

Na semana passada, Duterte suspendeu policiais de operações antinarcóticos depois que um empresário sul-coreano foi morto por um esquadrão de polícia antidrogas rebelde. Ele acionou a Agência de Combate às Drogas das Filipinas (PDEA, na sigla em inglês) e planeja utilizar tropas como reforço.

Duterte afirmou que sua campanha almeja destruir o aparato do comércio de drogas, e não matar pessoas, e que só ele será responsabilizado se os agentes da lei forem acusados por execuções ilegais durante operações de busca e de infiltração.

"Aquelas cometidas no exercício da função, assumo total responsabilidade", disse em um discurso. "Se alguém deve ir para a cadeia, não são os policiais, não são os militares, não é a PDEA - sou eu."

A guerra às drogas do líder filipino atraiu atenção global devido ao alto saldo de mortes de seus sete meses no poder e ao choque causado pelas imagens de corpos ensanguentados jazendo em ruas e favelas que foram veiculadas pela mídia.

Até o dia 31 de janeiro, cerca de 2.555 filipinos haviam morrido no que a polícia afirma terem sido trocas de tiro ocorridas durante operações antidrogas. Mais de 7.700 mortes foram registradas no total, e a causa de muitas delas é bastante discutível.

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