Mundo

Duque de Caxias se prepara para enfrentar aumento de doenças

A cidade foi atingida por fortes chuvas que deixaram 1,1 mil pessoas desalojadas ou desabrigadas na semana passada


	Homem tira lama de dentro de sua casa em Xerém: amostras colhidas em sete abrigos em Xerém foram consideradas inadequadas pela vigilância e o município pede doações.
 (Fotorepórter Vladimir Platonov/ABr)

Homem tira lama de dentro de sua casa em Xerém: amostras colhidas em sete abrigos em Xerém foram consideradas inadequadas pela vigilância e o município pede doações. (Fotorepórter Vladimir Platonov/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2013 às 16h48.

Rio de Janeiro- Pacientes com sintomas de doenças que aparecem após enchentes, como leptospirose, dengue e hepatite A, estão recebendo tratamento diferenciado em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A cidade foi atingida por fortes chuvas que deixaram 1,1 mil pessoas desalojadas ou desabrigadas na semana passada.

Preocupada com o acúmulo de lixo na cidade, que sofre com a falta de coleta seletiva há três meses, a Secretaria Estadual de Saúde tem orientado os moradores sobre o surgimento das doenças desde dezembro. No último domingo (6), foi instalado Centro de Hidratação de Dengue, em Xerém, distrito de Duque de Caxias e o mais afetado pelo temporal.

De acordo com o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da secretaria, Alexandre Chieppe, o centro tem capacidade para atender 300 pacientes por dia e está “propositalmente superdimensionado para o pior cenário”. "Ainda não estamos no período de pico de transmissão das doenças, que deve ser no final da semana”, informou.

Para as demais doenças, foi estabelecida uma triagem diferenciada nos postos de saúde, que receberam 3 mil antibióticos para medicação precoce contra leptospirose. Os postos, lembrou Chiepp, também passaram por uma limpeza depois do Natal, quando um mutirão retirou o lixo acumulado nas imediações das unidades de saúde.

“Estruturamos um serviço para identificar sinais e sintomas que, às vezes, são leves, que não são valorizados em uma rotina, mas que agora tem que ser valorizados porque podem indicar sinais e sintomas de doenças mais graves”, explicou Chieppe. A leptospirose, por exemplo, que causa febre e dor no corpo, pode evoluir para uma insuficiência renal.

Outra preocupação é com a qualidade da água. Amostras colhidas em sete abrigos em Xerém foram consideradas inadequadas pela vigilância e o município pede doações. A recomendação é que a população só beba água mineral e faça desinfecção nas caixas d'água com hipoclorito de sódio. A substância deve ser aplicada na proporção de duas gotas para 1 litro de água.

Para evitar contato com a água das enchentes e contrair doenças, a orientação é usar luvas, botas de borracha ou sacos plásticos durante a limpeza das casas, segundo o infectologista Edimilson Migowski, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Acompanhe tudo sobre:Chuvascidades-brasileirasMetrópoles globaisRio de JaneiroSaúde

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru