Nadezhda Tolokónnikova (d) e Maria Aliójina: integrantes do grupo foram para Sochi com o objetivo de gravar um filme musical (Tatyana Makeyeva/Reuters)
Da Redação
Publicado em 18 de fevereiro de 2014 às 11h15.
Moscou - Nadezhda Tolokonnikova e Maria Alekhina, duas das três integrantes do grupo Pussy Riot que foram condenadas a penas de prisão por encenar uma prece punk em uma catedral ortodoxa, foram detidas nesta terça-feira em Sochi, sede dos Jogos Olímpicos de Inverno.
"Nos detiveram junto à igreja do Arcanjo Miguel como suspeitas de um delito comum", escreveu no Twitter Alekhina, cuja entrada no microblog foi reproduzida por vários meios de comunicação russos.
Tolokonnikova, também no Twitter, disse que ela e sua companheira e outras cinco pessoas foram detidas como suspeitas de roubo.
Fontes do Ministério do Interior citadas pelo portal informativo "Lifenews" indicaram que as Pussy Riot foram detidas por transgredir a norma administrativa que obriga todas as pessoas que chegam a Sochi se registrarem num prazo de 24 horas.
Ambas as Pussy Riot passaram quase dois anos na prisão condenadas por vandalismo por encenar uma prece "punk" na catedral de Cristo Salvador de Moscou, na qual pedia à Virgem que tirasse o presidente da Rússia Vladimir Putin do poder".
Segundo Tolokonnikova, a de hoje é a terceira detenção que sofreram nas últimas 48 horas.
As Pussy Riot chegaram a Sochi com o propósito de gravar um clipe e apresentar a canção "Putin te ensinará a amar a pátria".
*Atualizada às 11h15 do dia 18/02/2014