Beduínos egípcios sequestraram neste domingo duas turistas adolescentes brasileiras na Península do Sinai, no terceiro caso desse tipo envolvendo turistas em 2012 na região. (AFP)
Da Redação
Publicado em 18 de março de 2012 às 14h34.
Cairo - Beduínos egípcios sequestraram neste domingo duas turistas brasileiras e um guia local na Península do Sinai, no terceiro caso desse tipo envolvendo turistas em 2012 no Egito.
As turistas retornavam de uma visita ao mosteiro histórico de Santa Catarina, no sudeste do Sinai, quando os beduínos anunciaram o sequestro, segundo fontes dos serviços de segurança.
Fontes oficiais apresentaram informações conflitantes sobre a idade das vítimas. Uma informação preliminar afirmava que as duas eram adolescentes, mas um policial disse que uma tem 18 anos e a outra 40.
As forças de segurança não conseguiram estabelecer contato até o momento com os sequestradores para descobrir suas exigências, mas acreditam que os criminosos desejam a libertação de outros beduínos detidos para liberar as turistas.
De acordo com uma fonte policial, um dos sequestradores é o pai de um homem condenado por tráfico de drogas e posse de armas. Ele espera obter a libertação do filho em troca das reféns.
Uma fonte informou que dois beduínos armados pararam um ônibus com 38 turistas e sequestraram as brasileiras e o guia, antes de abandonar o local em direção às montanhas.
Em fevereiro, beduínos sequestraram três turistas sul-coreanos na mesma região, pouco depois de um crime similar contra duas americanas e um guia egípcio, com a exigência de libertação de companheiros detidos.
Os turistas e o guia foram libertados rapidamente e sem ferimentos, assim como 25 trabalhadores chineses que haviam sido sequestrados em janeiro.
A pouco habitada região abriga a maioria dos resorts egípcios, ao mesmo tempo que é o local de moradia de grande parte da população beduína pobre.
Desde a revolta que derrubou o presidente Hosni Mubarak ano passado, a região do Sinai se tornou uma área ainda mais violenta, com ataques a delegacias de polícia e explosões frequentes contra oleodutos que levam gás ao vizinho Israel.