O secretário do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, ocupa interinamente o posto de ministro, enquanto Guido Mantega participa de uma reunião de ministros do G20 na Europa (Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 30 de junho de 2014 às 14h00.
Brasília - O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, disse hoje (11) que a Desvinculação de Receitas da União (DRU) é um instrumento que contribui para que novas reduções da taxa básica de juros (Selic) ocorram. A DRU permite ao governo definir livremente a destinação de 20% do Orçamento. Segundo Nelson Barbosa, a DRU é parte de uma estratégia mais geral de política econômica que permite ao governo alcançar avanços essenciais.
“Nós também partilhamos da preocupação da dívida com a taxa de juros”, disse hoje (11), durante audiência pública na Câmara dos Deputados para embasar as discussões sobre a prorrogação da DRU até o final de 2015. “A dívida líquida já caiu de 60% para 38% do Produto Interno Bruto [PIB], e deve cair mais ainda, para 37%, até o final do ano", destacou. De acordo com ele, a dívida brasileira é menor do que a dos Estados Unidos e de boa parte dos países europeus.
“A taxa real de juros caiu de 16% [em 2003] para 6% e, hoje, está abaixo de 5%”, acrescentou ele, que ocupa interinamente o posto de ministro da Fazenda, enquanto Guido Mantega participa de uma reunião de ministros do G20, na Europa. “Isso é fruto da política que estamos fazendo”, completou Nelson Barbosa.
Segundo o ministro interino, o equilíbrio fiscal é condição necessária para o crescimento e o desenvolvimento com distribuição de renda. “No contexto atual, o equilíbrio fiscal é importante para continuar reduzindo a taxa real de juros, que atualmente está em 4,67% ao ano.”
De acordo com Barbosa, a manutenção da política de aperto fiscal permitirá ao Banco Central manter a trajetória de redução da taxa básica de juros. “Para sustentar esse aperto, a prorrogação da DRU é vital. Estamos diante de uma possibilidade de redução das taxas de juros”, destacou.
O ministro interino reiterou que o desafio atual do governo é alongar o prazo da dívida e reduzir o total de indexadores que a constituem.