Mundo

Drama de 71 migrantes na Áustria ofende humanidade, diz papa

Em meio a um debate mundial sobre a acolhida a milhões de refugiados e de migrantes, o papa Francisco se manifesta contra os movimentos xenófobos

Cerimônia por 71 migrantes mortos: papa faz campanha contra a "indiferença mundial” em relação aos imigrantes clandestinos (Laszlo Balogh/Reuters)

Cerimônia por 71 migrantes mortos: papa faz campanha contra a "indiferença mundial” em relação aos imigrantes clandestinos (Laszlo Balogh/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2015 às 11h24.

O papa Francisco lamentou hoje (30) a morte de 71 migrantes, cujos corpos foram encontrados quinta-feira (27) em um caminhão no Leste da Áustria, e pediu cooperação eficaz para “crimes que ofendem toda a humanidade”.

“Junto-me a toda a Igreja na Áustria, na oração pelas 71 vítimas, entre as quais quatro crianças, encontradas em um caminhão na estrada Budapeste-Viena. Confio cada uma delas à misericórdia de Deus”, declarou o papa.

Francisco lembrou que nos últimos dias numerosos migrantes perderam a vida em "terríveis viagens”. Em meio a um debate mundial sobre a acolhida a milhões de refugiados e de migrantes, o papa se manifesta contra os movimentos xenófobos (aversão aos estrangeiros), existentes também entre os católicos, e recomenda que todos se mobilizem para os receber.

O apelo é apoiado principalmente na Itália, onde o arcebispo de Turim (no Norte), monsenhor Cesare Nosiglia, pediu nesse sábado (29) a cada paróquia que se responsabilize por cinco refugiados.

Desde a sua eleição em 2013, o papa faz campanha contra a "indiferença mundial” em relação aos imigrantes clandestinos, 107 mil dos quais chegaram à Europa apenas durante o mês de julho.

Acompanhe tudo sobre:ImigraçãoMortesPapa FranciscoPapas

Mais de Mundo

À espera de Trump, um G20 dividido busca o diálogo no Rio de Janeiro

Milei chama vitória de Trump de 'maior retorno' da história

RFK Jr promete reformular FDA e sinaliza confronto com a indústria farmacêutica

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde