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Draghi enfrentará questionamentos sobre euro e Monte Paschi

Presidente do Banco Central Europeu deverá ser questionado hoje sobre sua conexão com um escândalo bancário na Itália


	O presidente do BCE, Mario Draghi: BCE reúne-se nesta quinta para decidir os rumos da política monetária
 (©AFP/Archivo/Johannes Eisele)

O presidente do BCE, Mario Draghi: BCE reúne-se nesta quinta para decidir os rumos da política monetária (©AFP/Archivo/Johannes Eisele)

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Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2013 às 07h18.

Frankfurt - O presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, deverá ser questionado nesta quinta-feira sobre sua conexão com um escândalo bancário na Itália e sobre a sensibilidade da autoridade monetária em relação à forte alta do euro.

O BCE reúne-se nesta quinta para decidir os rumos da política monetária. A expectativa é que a taxa de juros não seja alterada.

Investidores vão tentar avaliar quanto o euro tem de subir para forçar o BCE a demonstrar preocupação ou reverter o curso da política monetária.

O euro atingiu uma máxima de 14 meses contra o dólar neste ano, embora tenha recuado na quarta-feira, em meio a uma cautela dos traders sobre a possibilidade de Draghi demonstrar preocupação com o fortalecimento da moeda.

O presidente francês, François Hollande, afirmou na terça-feira que a zona do euro tem que desenvolver uma política de taxa cambial para proteger a moeda de "movimentos irracionais".

Erkki Liikanen, membro do Conselho do BCE, depois descartou qualquer perspectiva de o banco buscar tal política, afirmando que "não temos meta cambial" --postura que o presidente do BCE, Draghi, deve adotar em sua entrevista à imprensa às 11h30, horário de Brasília.

"O mercado vai querer ouvir palavras mais fortes sobre o câmbio para interromper a tendência atual para cima, mas duvidamos que isso irá acontecer", disse o economista do Nomura Nick Matthews.

Draghi também deve ser questionado sobre quanto sabia do escândalo de derivativos no banco Monte Paschi, e o que fez sobre isso quando chefiou o banco central da Itália de 2006 a 2011.

O terceiro maior banco da Itália está no centro de tempestades financeira e política desde que revelou perdas de cerca de 1 bilhão de euros em complexos negócios com derivativos.

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