Trump: os supostos esforços russos foram descritos no dossiê agora lançado ao público e que havia sido produzido em agosto (Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 11 de janeiro de 2017 às 21h05.
Washington - A história segundo a qual funcionários da inteligência dos Estados Unidos apresentaram ao presidente eleito Donald Trump alegações de que a Rússia teria informações pessoais e financeiras comprometedoras sobre ele havia circulado em Washington em outubro.
Os supostos esforços russos foram descritos no dossiê agora lançado ao público e que havia sido produzido em agosto.
Em outubro, a revista Mother Jones descreveu como um ex-espião ocidental que tinha como incumbência monitorar os laços russos de Trump para uma companhia privada norte-americana havia apresentado suas conclusões ao FBI em agosto.
Essas conclusões, de acordo com a revista, apontavam que Trump havia sido monitorado pela inteligência russa durante as visitas dele a Moscou, o que poderia ter resultado em material para ser usado para chantageá-lo ou minar sua presidência.
Na quarta-feira, o Wall Street Journal identificou o autor do dossiê como Christopher Steele, diretor da Orbis Business Intelligence, sediada em Londres, que recusou pedidos de entrevista.
Outro diretor da Orbis disse ao Journal que "nem confirmava nem negava" que a empresa tivesse produzido o relatório.
Na noite de terça-feira, a rede CNN informou que Trump havia sido informado sobre as conclusões do investigador no episódio. O BuzzFeed, por sua vez, publicou o dossiê de 35 páginas.
O site defendeu a divulgação dizendo que os norte-americanos devem formar suas conclusões sobre as alegações em relação ao presidente eleito. Outros meios de comunicação retiveram detalhes do caso já que havia alegações não verificadas que não podiam confirmar.
Trump negou a veracidade das informações no Twitter e também durante a entrevista coletiva desta quarta-feira. Fonte: Associated Press.