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Dono de oficina da Flórida onde menor imigrante foi encontrada é ameaçado

A menor, que cruzou a fronteira sozinha e passou três semanas no centro de detenção de Homestead, tinha fugido enquanto era levada ao médico

Francisco González e sua família foram ameaçados de morte diversas vezes (Courtesy CBP/Reuters)

Francisco González e sua família foram ameaçados de morte diversas vezes (Courtesy CBP/Reuters)

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EFE

Publicado em 31 de julho de 2018 às 14h35.

Miami - O dono de uma oficina de automóveis de Homestead, cidade no sul da Flórida, onde se escondeu uma hondurenha de 15 anos que escapou de um lar temporário para imigrantes ilegais, denunciou ter recebido mais de dez ligações telefônicas nas quais sofreu ameaças de morte, informou nesta terça-feira a imprensa local.

Francisco González, proprietário da oficina Auto Center, denunciou ao jornal "El Nuevo Herald" que desde que as autoridades encontraram a menor escondida atrás de um armário de ferramentas na última sexta-feira, as ameaças de morte contra ele e sua família não pararam.

Em uma das ligações telefônicas, uma pessoa gritou para González: "Vou colocar bomba no seu edifício. Encontrarei sua família e espero que você morra".

No Facebook, um usuário anônimo diz: "Este é o endereço do covarde borra-botas de m... que chamou a polícia por uma menina imigrante que escapou de um campo de concentração", registrou o jornal.

Agentes do FBI estão investigando as ameaças de morte contra González, que esclareceu aos veículos de imprensa que não chamou a polícia.

A polícia de Homestead confirmou, segundo o "El Nuevo Herald", que uma pessoa que estava perto da oficina informou de forma anônima da presença da menina no estabelecimento.

A menor, que cruzou a fronteira sozinha e passou três semanas no centro de detenção de Homestead, tinha fugido enquanto era levada ao médico para fazer um exame de vista rotineiro.

O lar temporário de Homestead abrigou nos últimos meses pelo menos 1.200 menores de idade imigrantes ilegais, 70 deles separados dos seus pais na fronteira como parte da política de "tolerância zero" para a imigração ilegal do presidente Donald Trump.

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