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Dono da fábrica que desabou em Bangladesh é preso

O último número de mortos divulgado pelas autoridades é 377, mas esse total deve aumentar, já que há centenas de trabalhadores desaparecidos

Parentes mostram fotos de vítimas de desabamento de prédio em Bangladesh em protesto contra as condições de segurança do local (REUTERS/Andrew Biraj)

Parentes mostram fotos de vítimas de desabamento de prédio em Bangladesh em protesto contra as condições de segurança do local (REUTERS/Andrew Biraj)

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Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2013 às 11h32.

Daca - O dono da fábrica que desabou em Bangladesh, matando centenas de trabalhadores, foi preso neste domingo, quando tentava fugir para a Índia. A esperança de se encontrar mais sobreviventes nos destroços do prédio começa a diminuir.

Mohammed Sohel Rana foi preso por uma força de elite na cidade fronteiriça de Benapole, disse à Reuters Haibiur Rahman, comandante de polícia de Dhaka. A busca por Rana começou na quarta-feira quando a fábrica que vendia roupas para lojas ocidentais desabou.

A TV mostrou Rana, um líder local da situacionista Liga Awami, sendo transportado de helicóptero para a capital Daca. Ele será indiciado por construção falha e por causar mortes.

O último número de mortos divulgado pelas autoridades é 377, mas esse total deve aumentar, já que há centenas de desaparecidos.

Neste domingo, quatro pessoas foram resgatadas com vida depois de passar cem horas debaixo dos destroços. Os serviços de emergência trabalham em ritmo acelerado para tentar salvar mais gente.

"As chances de encontrarmos pessoas vivas se reduzem. Assim, temos que acelerar o resgate para salvar quantas vidas pudermos", disse Chowdhury Hassan Sohrawardi, militar que coordena as operações de salvamento.


Cerca de 2.500 pessoas foram resgatadas dos destroços do prédio, no subúrbio de Savar, a 30 quilômetros de Daca.

Autoridades disseram que a edificação de oito andares foi construída sobre terreno poroso sem as licenças necessárias. Mais de 3 mil trabalhadores, principalmente mulheres jovens, entraram no prédio na manhã de quarta-feira, apesar dos alertas de que a estrutura não era segura.

Um banco e lojas no mesmo prédio tinham fechado, depois que um abalo foi sentido e rachaduras foram percebidas em alguns pilares na terça-feira.

Protestos motivados pelo desastre foram reprimidos com gás, canhões de água e balas de borracha. Carros foram queimados pelos manifestantes.

Operários do setor de vestuário bloquearam uma rodovia neste domingo para exigir pena capital para os donos do fábrica. A oposição convocou uma greve geral para 2 de maio em protesto contra o desabamento.

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