Atentados em Paris: jornal afirma que um dos agressores do Bataclan enviou a um desses dois homens a mensagem "Começamos" (Hannibal Hanschke / Reuters)
Da Redação
Publicado em 6 de janeiro de 2016 às 09h00.
Bruxelas - Dois homens, cuja identidade real e nacionalidade são desconhecidas, coordenaram desde a Bélgica os atentados de 13 de novembro em Paris, segundo acreditam os investigadores belgas, informa nesta quarta-feira o jornal "La Libre Belgique".
Os dois suspeitos foram alvo de um aviso de busca lançado pela Polícia belga em 4 de dezembro no qual figuravam suas fotografias.
Os homens, mais velhos que os autores dos ataques na capital francesa, dispunham de carteiras de identidade belgas falsas com os nomes de Samir Bouzid e Soufiane Kayal e estão em paradeiro desconhecido.
Segundo fontes próximas à investigação, os dois homens desempenharam um papel central como coordenadores dos atentados de Paris, uma informação que a Procuradoria Federal não confirma.
Suspeita-se que ambos facilitaram a logística para cometer desde Bruxelas e arredores os atentados, que segundo os investigadores foram preparados durante meses de forma minuciosa e ordenados pelo Estado Islâmico desde a Síria.
Além disso, foram trocadas em 13 de novembro várias mensagens de texto com os autores dos ataques.
O jornal afirma que um dos agressores do Bataclan enviou a um desses dois homens a mensagem "Começamos" às 21h42 da noite fatídica, através de um telefone Samsung achado depois dos ataques em uma fábrica de celulose.
Em 9 de setembro essas duas pessoas, em companhia de Salah Abdeslam, em busca e captura internacional por seu suposto envolvimento nos ataques de Paris, foram alvo de um controle policial a bordo de um automóvel da marca Mercedes na fronteira entre Áustria e Hungria e procedentes de Budapeste.
Os dois suspeitos teriam, além disso, transferido em 17 de novembro em uma agência de pagamentos globais Western Union na região de Bruxelas a soma de 750 euros a Hasna Ait Boulahcen, a prima de Abdelhamid Abaaoud, ambos mortos no ataque policial em Saint-Denis cinco dias depois dos atentados.