Homem reivindica desaparecidos e detidos durante a ditadura em protesto na Argentina: ex-tenente foi condenado à prisão perpétua pelo desaparecimento de 60 opositores durante o regime militar, enquanto outro condenado recebeu uma pena de 25 anos, também por crimes contra a humanidade (Alejandro Pagni/AFP)
Da Redação
Publicado em 26 de julho de 2013 às 14h07.
Buenos Aires - O ex-tenente do Exército argentino Jorge Antonio Olivera, condenado neste mês à prisão perpétua pelo desaparecimento da francesa Marie-Anne Erize na ditadura (1976-83), e outro ex-militar fugiram na quinta-feira de um hospital militar, informou nesta sexta-feira uma fonte oficial.
Na quinta-feira "fugiram do Hospital Militar Central (de Buenos Aires) os internos Gustavo Ramón de Marchi e Jorge Antonio Olivera, ambos detidos por terem cometido crimes contra a humanidade" na ditadura, informou o Serviço Penitenciário Federal através de um comunicado do Ministério da Justiça.
Olivera e De Marchi foram levados da cidade de San Juan (oeste), onde no dia 5 de julho foram condenados, ao hospital militar de Buenos Aires "para serem atendidos em diferentes especialidades (psiquiatria, cinesiologia, dermatologia)", acrescentou o comunicado.
Olivera foi condenado à prisão perpétua pelo desaparecimento de Erize e de outros 59 opositores durante o regime militar enquanto De Marchi recebeu uma pena de 25 anos, também por crimes contra a humanidade.