Homem em Shangai: China somou 83.022 infectados e 4.634 óbitos causados pela covid-19 (Aly Song/File Photo/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 2 de junho de 2020 às 14h42.
Última atualização em 3 de junho de 2020 às 20h18.
A China atrasou a entrega de informações importantes sobre o novo coronavírus durante os primeiros dias da pandemia, de acordo com documentos e gravações de reuniões da Organização Mundial da Saúde (OMS) obtidos pela Associated Press.
O país publicou o genoma do vírus causador da covid-19 no dia 11 de janeiro, uma semana após três laboratórios chineses já terem sequenciado o mapa genético do novo coronavírus, afirmam os documentos vazados.
Segundo a reportagem da AP, controles rígidos de segurança no país e a competição no sistema público de saúde da China foram as causas para o atraso.
O governo chinês ainda teria atrasado em duas semanas o número de casos de infectados quando a pandemia teve início na cidade de Wuhan.
"Estamos recebendo uma quantidade mínima de informações. Não é o suficiente para nos planejarmos adequadamente", declarou a epidemiologista norte-americana e parte do grupo da OMS que lida com a pandemia, Maria Van Kerkhove, em uma reunião interna do órgão.
Após testar quase a totalidade de sua população, Wuhan reportou nesta terça-feira, 2, que 300 pessoas são portadoras assintomáticas do novo coronavírus no município, enquanto nenhum caso com os sintomas da covid-19 foi registrado.
No total, a China somou 83.022 infectados e 4.634 óbitos causados pela covid-19. Hoje, foram adicionados 5 novos casos à contagem feita pelo governo chinês.
Capital do Japão, Tóquio retomou o estado de emergência suspenso no último dia 25 por conta de um novo aumento do número de casos diários na cidade, com 34 novos infectados pelo novo coronavírus.
O governo local pediu para que os cidadãos não saiam de casa - exceto aqueles com atividades urgentes a fazer - e pratiquem o distanciamento social. Segundo informações do Ministério da Saúde japonês, o país contabilizou, até agora, 16.724 contaminações e 894 óbitos por covid-19.
Seguindo decisão da Coreia do Sul, a Índia autorizou o uso do medicamento antiviral remdesivir para o tratamento de pacientes com a covid-19 em estado emergencial. O governo indiano determinou em cinco a quantidade de doses do remédio a serem administradas por paciente.
A droga será fabricada e comercializada pela norte-americana Gilead Sciences. No dia 2 de junho, o site do Ministério da Saúde da Índia registrava 97.581 casos ativos e 5.598 mortes por covid-19. A plataforma oficial não indica o número de casos diários nem o total registrado desde o início da pandemia.