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Divisão política fomentou conflito no Iraque, admite premiê

O primeiro-ministro do Iraque admitiu que as diferenças políticas foram um ambiente adequado para o atual conflito no país


	Nouri al-Maliki: a atual crise é "um revés, mas não uma derrota", disse
 (Getty Images)

Nouri al-Maliki: a atual crise é "um revés, mas não uma derrota", disse (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2014 às 09h32.

Bagdá - O primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, admitiu nesta quarta-feira que as diferenças políticas foram "um ambiente adequado" para o atual conflito, mas garantiu que derrotarão o terrorismo e que suas tropas só sofreram "um revés".

Em discurso à nação, Maliki voltou a atribuir a atual situação a uma conspiração tecida pelo jihadista Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL) e membros do dissolvido partido único Baath, dirigido pelo ditador Saddam Hussein.

O primeiro-ministro xiita descartou que os clãs sunitas estejam envolvidos no conflito, por considerar que os prejudica, mas pediu que eles "anunciem sua inocência".

Apesar da polarização política, principalmente entre sunitas e xiitas, Maliki afirmou que o processo para escolher os presidentes do parlamento e do país, assim como um novo governo "não está em perigo".

Sobre a situação militar, disse que a atual crise é "um revés, mas não uma derrota" e insistiu que vencerão os terroristas.

Maliki desmentiu que a maioria dos voluntários que vão lutar contra a insurgência sejam xiitas e antecipou que esses milicianos "se transformarão no pilar do novo exército iraquiano".

Também criticou os meios de comunicação do Catar e da Arábia Saudita, por qualificar os combatentes do EIIL de revolucionários.

Sobre os terroristas, advertiu que depois de serem derrotados, fugirão para provocar a tensão sectária em outros países.

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