Manifestantes lançaram pedras e bolas de gude contra os policiais, que responderam com gás lacrimogêneo e potentes jatos de água para dispersá-los (Jorge Bernal/AFP)
Da Redação
Publicado em 16 de maio de 2012 às 20h19.
La Paz - Um protesto de universitários e médicos em La Paz terminou nesta quarta-feira com violentos distúrbios perto do prédio do Ministério da Saúde da Bolívia, apesar de o presidente Evo Morales ter emitido um decreto que suspende o aumento de seis a oito horas da jornada de trabalho nos hospitais estatais.
Centenas de universitários que chegaram a La Paz provenientes de várias regiões, além de médicos, tentaram tomar o Ministério da Saúde para exigir a Morales que anule definitivamente, e não só suspenda, um primeiro decreto que aumenta a jornada de trabalho, polêmica que os mantém mobilizados há oito semanas.
Os manifestantes lançaram pedras e bolas de gude contra os policiais, que responderam com gás lacrimogêneo e potentes jatos de água para dispersá-los.
Os distúrbios, que se prologaram por mais de duas horas, deixaram cinco agentes feridos, informou à imprensa o comandante da Polícia de La Paz, coronel Alberto Aracena.
Seis estudantes foram afetados pelos gás lacrimogêneo e outros dois foram detidos, disse à Agência Efe o presidente do Colégio Médico de La Paz, Luis Larrea.
Morales e seus ministros aprovaram nesta própria quarta-feira um decreto prometido aos trabalhadores da saúde e à Central Operária Boliviana (COB) que suspende a jornada de oito horas nos hospitais estatais, restituindo as seis diárias.