Soldados montam guarda em uma rua deserta após um toque de recolher na cidade de Muzaffarnagar, ao norte de Nova Délhi, na Índia (Stringer/Reuters)
Da Redação
Publicado em 9 de setembro de 2013 às 19h05.
Lucknow - Os partidos políticos indianos trocaram acusações nesta segunda-feira pelos distúrbios religiosos que mataram 31 pessoas e obrigaram centenas de outras a fugir de suas casas no fim de semana, em um sinal da crescente tensão entre hindus e muçulmanos antes da eleição geral prevista para maio.
A polícia retirou moradores de aldeias hindus e muçulmanas no distrito de Muzaffarnagar, 130 quilômetros a nordeste de Nova Délhi, no Estado de Uttar Pradesh, epicentro de um dos piores surtos de violência religiosa nos últimos anos.
Alguns locais, amedrontados depois que agressores bateram em crianças e queimaram propriedades, se esconderam em lavouras e delegacias, ou fugiram em tratores e carros de boi, no domingo.
As autoridades disseram que 31 pessoas morreram nos confrontos nesse e num distrito vizinho. A cidade de Muzaffarnagar está sob toque de recolher.
A violência envolvendo religiões e castas exerce um papel central na política do Estado indiano de Uttar Pradesh, onde fica Muzzaffarnagar. Muitos partidos, ligados a uma ou outra comunidade, alimentam a violência para obter benefícios eleitorais.