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Disputa com Catar pode fortalecer extremismo, diz ministro alemão

Segundo o ministro das Relações Exteriores, está claro que só é possível lutar contra o EI quando os países se unem em uma coalizão

Sigmar Gabriel: a Arábia Saudita, o Bahrein, o Egito e os Emirados Árabes acusam o Catar de financiar extremistas (Umit Bektas/Reuters)

Sigmar Gabriel: a Arábia Saudita, o Bahrein, o Egito e os Emirados Árabes acusam o Catar de financiar extremistas (Umit Bektas/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de junho de 2017 às 10h29.

Berlim - O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Sigmar Gabriel, criticou a Arábia Saudita e os aliados dela por isolar o Catar e pediu aos países da região ajudem a controlar a crise diplomática atual.

Após uma reunião com o ministro das Relações Exteriores saudita, Adel al-Jubeir, Gabriel disse que a cooperação é necessária para ajudar a superar os grandes riscos do terrorismo internacional.

"Nós deixamos claro que na Alemanha e na Europa temos grande interesse de que o quadro na região do Golfo não tenha uma escalada", afirmou o ministro alemão nesta quarta-feira.

Segundo ele, está claro que só é possível lutar contra o Estado Islâmico quando os países se unem em uma coalizão contra o grupo extremista.

"Estamos convencidos de que uma disputa entre parceiros e vizinhos irá no fim apenas tornar os atores errados mais fortes."

A Arábia Saudita, o Bahrein, o Egito e os Emirados Árabes acusam o Catar de financiar extremistas, cortando todas as relações com o pequeno país e fechando o espaço aéreo e marítimo.

Jubeir disse que o Catar havia apoiado organizações extremistas há anos e não coopera com seus vizinhos. "Nós tomamos essas medidas também no interesse do Catar e da região e da segurança e da estabilidade da região", comentou o ministro saudita. "Nós esperamos que nossos irmãos no Catar adotem os passos certos para encerrar esta crise."

Fonte: Dow Jones Newswires.

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