Assentamentos: a colonização foi um tema de discórdia com a administração americana anterior de Barack Obama (Baz Ratner/Reuters)
AFP
Publicado em 24 de março de 2017 às 10h15.
Israel e Estados Unidos concluíram quatro dias de discussões sobre o conflito israelense-palestino sem chegar a nenhum acordo sobre uma das questões mais espinhosas, a colonização israelense nos territórios palestinos ocupados.
A delegação americana conduzida por Jason Greenblatt, representante especial do presidente Donald Trump para as negociações internacionais, "reiterou as inquietações (deste último) sobre as atividades de colonização", indica um comunicado comum publicado em Washington e Israel.
Durante estas negociações nos Estados Unidos, os israelenses indicaram que sua intenção era adotar sobre a colonização uma "política que leve em conta estas inquietações".
As discussões prosseguirão, segundo o comunicado.
A administração Trump busca uma forma de reanimar o processo de paz.
A colonização, ou seja, a construção israelense de casas civis em territórios palestinos ocupados, é considerada por uma grande parte da comunidade internacional como um obstáculo para a paz. A ocupação limita os territórios sobre os quais seria criado um Estado palestino e compromete a continuidade territorial e a viabilidade deste Estado.
A nova administração americana demorou a se pronunciar sobre os anúncios de colonização israelense imediatamente depois da posse de Trump e ainda não fixou uma linha precisa sobre este tema.
Netanyahu espera chegar a um acordo que permita a Israel prosseguir com os assentamentos, sem fazer inimizade com a Casa Branca.
A colonização foi um tema de discórdia com a administração americana anterior de Barack Obama.